Política
Alcolumbre e Motta reagem à ocupação do Congresso por bolsonaristas e cobram solução negociada
Presidentes do Senado e da Câmara encerram sessões e convocam líderes após ação de parlamentares da oposição por anistia e impeachment de Moraes
06/08/2025
08:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestaram com irritação diante da ocupação simbólica das mesas diretoras do Congresso Nacional por parlamentares da base bolsonarista nesta terça-feira (5).
A mobilização liderada por deputados e senadores de oposição exige a votação imediata do projeto de anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com interlocutores de ambos os presidentes, o clima de tensão aumentou após Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — filho do ex-presidente Jair Bolsonaro — reforçar os ataques às lideranças do Congresso em entrevista ao jornal O Globo, sugerindo que, caso as pautas não avancem, Motta e Alcolumbre estariam sujeitos a sanções.
“Não será pela base da força que eles vão fazer o Congresso funcionar a favor deles. É com negociação e com votos”, declarou um interlocutor dos presidentes ao avaliar a crise.
Davi Alcolumbre divulgou nota pública pedindo serenidade e bom senso, e convocou reunião de líderes do Senado para articular uma saída política.
Hugo Motta também encerrrou a sessão da Câmara e anunciou encontro com lideranças partidárias nesta quarta-feira (6), destacando que não aceitará imposições “pela força ou ameaça”.
Ambos reforçaram que a oposição não possui votos suficientes para pautar sozinha qualquer matéria, sendo necessário convencimento político e apoio das bancadas majoritárias.
Para evitar novas tentativas de ocupação ou tumulto nos plenários das duas Casas, a segurança institucional do Congresso Nacional limitou o acesso às áreas internas apenas a parlamentares, com reforço no controle de entrada.
“Todos devem respeitar as decisões da Justiça e, caso discordem, recorrer pelos meios legais. O Congresso não pode ser refém de manifestações arbitrárias”, afirmou o presidente da Câmara, durante agenda pública na Paraíba.
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