Campo Grande (MS), Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025

Economia / Empreendedorismo

SIMPI alerta: quem compra e vende no CPF pode enfrentar tributos de até 27,5% e multas pesadas

Sindicato orienta MEIs a vincularem maquininha ao CNPJ e evitar prejuízos com Receita Federal e ICMS

05/08/2025

22:00

SIMPI

DA REDAÇÃO

Venda com CPF pode custar caro: entenda o risco

O uso do CPF para realizar vendas por PIX ou maquininha de cartão tem se tornado uma armadilha fiscal para milhares de empreendedores em todo o Brasil. O alerta é do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI), que observa um aumento expressivo de notificações e autuações por parte das Receitas Federal e Estadual.

Segundo o presidente do SIMPI, Leonardo Sobral, movimentar vendas comerciais com o CPF pode levar à cobrança de até 27,5% de Imposto de Renda, além do ICMS estadual com multa. Em contrapartida, quem atua como MEI, com maquininha vinculada ao CNPJ, é tributado com alíquotas de até 6% pelo Simples Nacional.

Hoje, o fisco cruza dados de movimentações via PIX e cartões com as declarações de imposto. A boa notícia é que a regularização é rápida: basta atualizar o cadastro da maquininha e vincular ao CNPJ do MEI. Para quem ainda não tem empresa aberta, o SIMPI oferece suporte gratuito, com abertura do CNPJ em 20 minutos.

Assista à explicação completa de Leonardo Sobral

Cresce o número de MEIs em 2025, mas exclusões preocupam

No primeiro semestre de 2025, a Receita Federal registrou um aumento expressivo de novos MEIs, mas também cresceu o número de exclusões por ultrapassarem o teto de R$ 81 mil por ano (R$ 6.750/mês).

O economista Vitor Stankevicius orienta que o MEI que ultrapassar esse limite deve migrar para microempresa ou empresa de pequeno porte, com o auxílio de um contador. Ele lembra também da obrigatoriedade de pagar o DAS todos os meses, mesmo sem faturamento.

O SIMPI oferece um curso gratuito online com certificado, explicando tudo sobre direitos e obrigações do MEI.
Acesse o curso gratuito aqui

Tarifaço de Trump impacta exportações e preocupa governo brasileiro

O tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, anunciado por Donald Trump, foi tema central da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), em Brasília. Representantes do setor produtivo cobraram medidas urgentes do governo Lula.

Segundo membros do Conselhão, há grande insatisfação, especialmente nos setores de café, carne e frutas, que ficaram com a taxação máxima. O Itamaraty e a equipe do vice-presidente tentam negociar isenções com os americanos.

Veja os bastidores da reunião do Conselhão

Comércio internacional instável: economista alerta para riscos diplomáticos e econômicos

No programa A Hora e a Vez da Pequena Empresa, o economista Jankiel Santos explicou que o tarifaço não tem base econômica, mas sim motivação geopolítica, como resposta à aproximação do Brasil com os BRICS e a China.

Jankiel destacou que:

  • Os EUA têm superávit comercial com o Brasil;

  • As tarifas são arbitrárias e imprevisíveis, o que afasta investidores;

  • A tentativa de “reindustrialização americana” pode gerar inflação e aumento de juros globais;

  • Países estão buscando alternativas ao dólar, o que pode reduzir a hegemonia da moeda americana.

Assista à entrevista completa com Jankiel Santos

Quando o governo vai começar a abaixar os juros?

Apesar do fim do ciclo de aperto monetário, o economista Alexandre Chaia avalia que o Banco Central não deve reduzir a Selic em 2025, mantendo-a em torno de 15% ao ano.

Segundo Chaia:

  • A queda dos juros deve começar apenas em 2026, com previsão de Selic a 13% no fim do ano;

  • Bancos continuam cautelosos devido à alta inadimplência;

  • A volatilidade do câmbio segue sendo fator de risco para a inflação.

Confira a análise completa de Alexandre Chaia

Recomendações do SIMPI para empreendedores:

  • Não use maquininha no CPF: isso pode gerar impostos altíssimos.

  • Vincule todas as movimentações ao CNPJ do MEI.

  • Pague a guia DAS todo mês, mesmo sem receita.

  • Fique atento ao teto de R$ 81 mil/ano e migre de regime se necessário.

  • Faça o curso gratuito do SIMPI para se atualizar e evitar problemas fiscais.

  • Procure apoio contábil antes de crescer, para manter sua empresa regularizada.


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