Polícia / Feminicídio
Simone foi assassinada por jovem que a culpava pela separação dos pais, aponta família
William Megaioli Ebbing, de 22 anos, se entregou à polícia e entregou arma usada no feminicídio em Itaquiraí
15/05/2025
08:30
DA REDAÇÃO
William Megaioli Ebbing supeito de assassinar a amante do pai (Foto: Reprodução/Redes sociais)
A tragédia que tirou a vida de Simone da Silva, de 35 anos, nesta quarta-feira (14), em Itaquiraí (MS), teve origem em conflitos familiares envolvendo o autor do crime, William Megaioli Ebbing, de 22 anos, que alegava que a vítima era responsável pela separação dos pais. Simone foi morta a tiros dentro da própria casa, na frente do filho adolescente de 14 anos.
Segundo relatos da mãe de William ao Campo Grande News, o jovem vivia sob forte pressão emocional e psicológica dentro de casa. Ela afirma que o marido, com quem ainda mantinha união formal, iniciou um relacionamento extraconjugal com Simone há cerca de dois anos, o que intensificou os conflitos familiares.
“Ele batia no meu filho, me humilhava, queria me tirar do comércio da família para colocar ela no meu lugar. O William viu tudo isso”, relatou a mulher, que pediu para não ser identificada.
Na noite anterior ao feminicídio, o pai teria chegado embriagado com um revólver calibre .38. Segundo a mãe, houve disparos para o alto e, por medo, William escondeu a arma. “Ele disse: ‘Vou esconder, senão o pai mata a gente’”, relatou.
No dia seguinte, durante uma nova discussão entre o pai e William, o jovem teria dito que mataria Simone, culpando-a por tudo. Apesar das tentativas da mãe para impedir, o jovem saiu de casa e cometeu o crime.
Simone foi morta dentro de casa. Seu filho mais velho, de 14 anos, testemunhou o assassinato e acionou socorro usando o celular da mãe. A Polícia Militar e a perícia estiveram no local e constataram a morte da vítima.
Após o crime, William Megaioli Ebbing se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí, acompanhado de sua advogada, e entregou a arma utilizada — o revólver calibre .38 com duas munições deflagradas. Ele foi preso em flagrante pelos crimes de feminicídio majorado e porte ilegal de arma de fogo.
O pai de William também foi preso por violência doméstica após a esposa, mãe do autor do crime, relatar agressões e ameaças. Ela solicitou medida protetiva de urgência.
Com a morte de Simone, Mato Grosso do Sul chegou a 10 feminicídios em 2025. Quatro dias antes, Thácia Paula Ramos também foi vítima de feminicídio em Cassilândia, após desaparecer em uma briga com o marido, que está preso.
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira funciona 24h e oferece apoio completo às vítimas de violência. Há também canais como o 180 (Central de Atendimento à Mulher) e o 190 para emergências. A população pode denunciar casos de violência ou omissão policial à Corregedoria da Polícia Civil pelo número (67) 3314-1896.
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