Esporte / Memória
1º de maio de 1994: a morte de Ayrton Senna no Dia do Trabalhador marca a história do Brasil e da Fórmula 1
Acidente fatal no GP de San Marino completa 31 anos nesta quinta-feira; legado do tricampeão ainda emociona gerações e provocou mudanças profundas na segurança da categoria
01/05/2025
10:45
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
Nesta quinta-feira, 1º de maio de 2025, o Brasil relembra com dor e respeito os 31 anos da morte de Ayrton Senna, um dos maiores ídolos da história do esporte mundial. O tricampeão mundial de Fórmula 1 morreu aos 34 anos após um trágico acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália, em 1994. O impacto da batida, ocorrida na curva Tamburello a mais de 200 km/h, transformou para sempre o automobilismo e deixou o Brasil em luto.
O acidente com Senna foi o desfecho de um dos finais de semana mais sombrios da história da Fórmula 1. Na sexta-feira, o jovem Rubens Barrichello sofreu um forte acidente durante os treinos e precisou ser hospitalizado. No sábado (30 de abril), o austríaco Roland Ratzenberger morreu após bater a mais de 300 km/h. Ainda assim, a corrida do domingo foi mantida.
Em entrevista ao podcast O Assunto, o narrador Galvão Bueno, amigo pessoal de Senna e voz de suas maiores vitórias, revelou um momento inédito: Senna pediu ao seu empresário uma bandeira da Áustria antes da prova. Queria homenagear Ratzenberger em caso de vitória. “Julian, me arruma uma bandeira da Áustria. Eu vou ganhar e vou prestar uma homenagem”, teria dito o piloto, segundo Galvão.
“Ele estava abalado, todos estavam. Mas essa história de que ele sabia que ia morrer ou que não queria correr é absurda”, reforçou o narrador.
A morte de Senna representou um divisor de águas na segurança da Fórmula 1. Protocolos foram revisados, o design dos carros foi modificado, e o uso de dispositivos de proteção para cabeça e pescoço (como o HANS) tornou-se padrão. A mobilização da categoria foi tamanha que, desde então, nenhum outro piloto morreu em corrida oficial da F1 até 2014, quando Jules Bianchi sofreu acidente fatal no GP do Japão.
Nascido em São Paulo em 1960, Ayrton Senna da Silva venceu 41 grandes prêmios, conquistou três campeonatos mundiais (1988, 1990 e 1991) e brilhou sobretudo sob chuva, quando sua habilidade se tornava ainda mais evidente. Era conhecido pela busca incessante pela perfeição, espírito competitivo e fé — sempre corria com uma pequena imagem religiosa no carro.
Carismático e envolvido com ações sociais, tornou-se ícone de orgulho nacional, especialmente em um período de crise econômica e descrença no país. Sua morte comoveu milhões de brasileiros, que acompanharam, emocionados, um dos maiores funerais da história do Brasil.
Em 2023, Senna foi oficialmente reconhecido como Patrono do Esporte Brasileiro, por meio de lei sancionada e publicada no Diário Oficial da União.
Mesmo três décadas depois, Senna segue sendo homenageado por fãs, pilotos e personalidades. A atriz e apresentadora Adriane Galisteu, com quem Senna se relacionava na época da tragédia, postou uma homenagem nas redes sociais nesta quinta-feira, lembrando com saudade e carinho a trajetória do ex-companheiro.
Museus, avenidas e instituições levam seu nome. O Instituto Ayrton Senna, fundado por sua irmã Viviane, segue atuando em prol da educação pública de qualidade, impactando milhões de crianças e jovens em todo o país.
🏁 3 títulos mundiais (1988, 1990, 1991)
🏆 41 vitórias em grandes prêmios
⏱️ 65 pole positions
🌧️ Considerado o “Rei da Chuva”
🇧🇷 Ídolo de gerações e símbolo do Brasil
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