Campo Grande (MS), Sábado, 09 de Agosto de 2025

Política / Câmara Federal

Câmara envia à Corregedoria pedidos de suspensão de 14 deputados após ocupação do plenário

Parlamentares poderão ser punidos com até seis meses de afastamento; ação ocorreu durante protesto contra prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

08/08/2025

20:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta sexta-feira (8), encaminhar à Corregedoria Parlamentar representações pedindo a suspensão, por até seis meses, de 14 deputados que participaram da ocupação do plenário e da Mesa Diretora durante sessão de retomada dos trabalhos legislativos, na última quarta-feira (6).

A medida foi tomada sob comando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os parlamentares se recusarem a deixar a cadeira da Presidência e a área destinada à direção da sessão.

Lista dos deputados com representação na Corregedoria

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

  • Nikolas Ferreira (PL-MG)

  • Julia Zanatta (PL-SC)

  • Luciano Zucco (PL-SC)

  • Allan Garcês (PP-MA)

  • Caroline de Toni (PL-SC)

  • Marco Feliciano (PL-SP)

  • Domingos Sávio (PL-MG)

  • Marcel Van Hattem (Novo-RS)

  • Zé Trovão (PL-SC)

  • Bia Kicis (PL-DF)

  • Carlos Jordy (PL-RJ)

  • Marcos Pollon (PL-MS)

  • Paulo Bilynskyj (PL-SP)

Caso envolvendo Camila Jara

O PL também apresentou representação contra a deputada Camila Jara (PT-MS), acusando-a de agressão contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). No entanto, seu nome não consta na lista encaminhada à Corregedoria. Questionada, a Mesa Diretora não respondeu sobre o motivo da exclusão até a publicação desta reportagem.

Contexto: protesto e motim na Câmara

O ato dos parlamentares ocorreu durante protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em 4 de agosto. A ala bolsonarista da Câmara defendia a votação imediata de três pautas:

  • Projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro;

  • Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro privilegiado;

  • Pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.

Dois dias após o início da obstrução, Hugo Motta convocou sessão e advertiu que qualquer deputado que insistisse na paralisação poderia ser suspenso por até seis meses.

Precedentes

Casos semelhantes já resultaram em punição. Os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG) foram suspensos por três meses em situações anteriores, também por quebra de decoro parlamentar.


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal do Estado MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: