Política / Câmara Municipal
Sem previsão para reajuste da prefeita, vereadores de Campo Grande analisam cinco projetos na próxima sessão
Proposta que fixa salário de R$ 35 mil a Adriane Lopes segue fora da pauta; acordo tem aval do MPMS, TJMS e sindicatos
19/04/2025
12:00
DA REDAÇÃO
Vereadores no plenário da Câmara Municipal durante a sessão (Foto: Izaias Medeiros)
A Câmara Municipal de Campo Grande retoma os trabalhos legislativos na próxima terça-feira (22) com cinco projetos de lei em pauta, após o recuo da prefeita Adriane Lopes (PP) sobre o polêmico reajuste de 67% no próprio salário, retirado da tramitação na última terça (15). A proposta não tem previsão de retorno à pauta.
O acordo formalizado entre o Executivo, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Tribunal de Justiça (TJMS) e sindicatos estabelece um novo valor para os subsídios da chefe do Executivo: R$ 35.462,22 mensais. O impacto estimado é de R$ 87,1 milhões ao ano nas contas públicas — valor que engloba também vice-prefeita, secretários e dirigentes de autarquias, conforme nova redação à Lei nº 7.006/2023.
A proposta previa garantir à prefeita o maior salário entre todas as capitais brasileiras, mas foi retirada em meio à repercussão negativa.
“Eu não sei se houve acordo entre prefeitura e sindicatos. Ainda não fui informado oficialmente sobre o andamento do projeto”, afirmou o presidente da Câmara, Epaminondas Neto (Papy, PSDB).
Enquanto o projeto do reajuste segue sem nova data de apreciação, os vereadores irão votar cinco matérias, entre elas:
Alteração de nome de rua no bairro Jardim Aero Rancho
Projeto que regulamenta sessão solene em homenagem ao Dia Municipal da Igreja Universal do Reino de Deus
Criação do programa Bando de Negócios
Projeto Remar é Preciso, voltado ao esporte e lazer
Proposta que altera regras sobre uso obrigatório de caçambas
O debate sobre o reajuste dos salários no Executivo municipal ocorre num momento de pressão popular e necessidade de equilíbrio fiscal. Apesar da anuência técnica e jurídica de instituições como o MPMS e o TJMS, o reajuste tem enfrentado resistência política e social.
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