Campo Grande (MS), Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025

Política / Relações Internacionais

Flávio Bolsonaro ironiza e sugere ataque dos EUA a embarcações no Rio de Janeiro

Senador comentou publicação de secretário de Defesa americano e fez referência à Baía de Guanabara

23/10/2025

13:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) provocou polêmica nesta quinta-feira (23) ao sugerir, em publicação no X (antigo Twitter), que os Estados Unidos realizem ataques a barcos no Rio de Janeiro, sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas.

O parlamentar compartilhou um post do secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, que anunciou um ataque a embarcações no oceano Pacífico. Em tom irônico, Flávio escreveu:

“Ouvi dizer que há barcos como este aqui no Rio de Janeiro, na baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”

O senador concluiu a mensagem com a frase “Que inveja”, escrita em inglês.

Contexto da publicação americana

Na postagem original, Hegseth informou que, sob ordem do presidente Donald Trump, os EUA realizaram um “ataque cinético letal” contra uma embarcação com dois supostos narcotraficantes. Segundo ele, ambos morreram durante a ação, sem baixas entre os militares americanos.

O governo dos Estados Unidos, porém, não apresentou provas sobre as acusações de narcoterrorismo, e analistas internacionais apontam que essa ofensiva, com ao menos oito ataques em dois meses, é uma das mais agressivas na América Latina nas últimas décadas.

Repercussões e contexto político

O comentário de Flávio repercutiu nas redes sociais e foi visto por críticos como uma tentativa de aproximação com o governo Trump e de provocação ao governo brasileiro.

Nos bastidores, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm buscado apoio de autoridades dos Estados Unidos em meio às investigações que envolvem o ex-chefe do Executivo. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), irmão de Flávio, mudou-se para os EUA em março, de onde coordena uma campanha por sanções a autoridades brasileiras ligadas ao julgamento de seu pai.


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