Campo Grande (MS), Domingo, 12 de Outubro de 2025

Política / Partidos

Partidos de MS aguardam definições até dezembro; PP deve filiar Capitão Contar e Simone Tebet avalia candidatura ao Senado

Lideranças articulam alianças e reestruturações internas com foco nas eleições de 2026.

12/10/2025

09:00

DA REDAÇÃO

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O cenário político de Mato Grosso do Sul começa a se movimentar com força em direção às eleições de 2026. Embora o calendário eleitoral ainda tenha como marco principal o mês de abril do próximo ano, há uma grande expectativa de que até dezembro já ocorram definições importantes entre as principais lideranças estaduais.

Nos bastidores, Simone Tebet (MDB), Capitão Contar, Marcos Pollon (PL), Nelsinho Trad (PSD) e Beto Pereira (PSDB) estão entre os nomes que devem anunciar mudanças partidárias ou definições de candidatura. As movimentações envolvem diretamente o governador Eduardo Riedel (PSDB), o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), a senadora Tereza Cristina (PP) e o ex-senador Delcídio Amaral (PRD), entre outros articuladores.

Os partidos PT, PL, PP, MDB, PSDB e PSD vivem um período de reuniões e tratativas internas, preparando entradas e saídas estratégicas de lideranças com mandato. Siglas menores, como Republicanos, PSB, Novo e Democracia Cristã (DC), também aparecem no radar de políticos em busca de espaço nas futuras chapas proporcionais e majoritárias.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que até dezembro tomará uma decisão sobre sua participação nas eleições de 2026. Seu nome é cogitado para disputar o Senado, inclusive pelo estado de São Paulo, com apoio direto do presidente Lula. A decisão deve impactar o posicionamento do MDB em Mato Grosso do Sul, onde parte da legenda — incluindo o ex-governador André Puccinelli — apoia Eduardo Riedel e faz oposição ao governo federal, do qual Simone faz parte.

Enquanto isso, o PP se prepara para um anúncio importante. A senadora Tereza Cristina confirmou que o partido ganhará um reforço de peso nas próximas semanas, e fontes apontam que o nome é o do ex-deputado estadual e ex-candidato ao governo Renan Contar (Capitão Contar). Ele deve se filiar ao PP e disputar o Senado, possivelmente em dobradinha com Reinaldo Azambuja (PL). Essa movimentação pode acelerar a definição do senador Nelsinho Trad, que perde espaço no PSD e avalia migrar para o PT, onde seu irmão Fábio Trad é cotado para disputar o governo do Estado.

No PSDB, a indefinição também é grande. O partido enfrenta um processo de enfraquecimento após a saída de Reinaldo Azambuja, que se filiou ao PL. O comando estadual, atualmente sob responsabilidade do deputado federal Geraldo Resende, deve ser redefinido ainda em outubro. Inicialmente, cogitou-se o nome de Beto Pereira para assumir a presidência, mas rumores de sua possível saída para o Republicanos abriram espaço para o deputado estadual Pedro Caravina, que também demonstra interesse no posto.

No PT, o ex-deputado federal Fábio Trad intensifica sua participação em encontros regionais e reuniões partidárias. A expectativa é que, no encontro estadual de dezembro, ele se apresente oficialmente como pré-candidato ao governo, com apoio do presidente Lula.

Já o deputado federal Marcos Pollon, após o ingresso de Azambuja no PL, busca uma nova legenda para consolidar seu projeto de candidatura ao governo. Ele avalia opções como o Republicanos e o Partido Novo, tentando formar uma frente conservadora de direita. Nesta semana, Pollon recebeu acenos de apoio do ex-senador Delcídio Amaral, presidente do PRD, que articula uma federação com Solidariedade, Avante e Democracia Cristã.

Com as articulações ganhando força, o mês de dezembro promete ser decisivo para o xadrez político sul-mato-grossense, definindo os rumos partidários e as alianças estratégicas que pavimentarão o caminho rumo às eleições de 2026.


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