Saúde / Nutrição
O que acontece se você comer proteína demais?
Especialistas alertam: excesso proteico pode sobrecarregar rins, aumentar gordura corporal e até causar desequilíbrio metabólico
05/10/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A busca por uma alimentação rica em proteínas se tornou uma verdadeira febre nas redes sociais. Influenciadores e atletas destacam a importância desse nutriente para ganho de massa muscular, enquanto indústrias alimentícias estampam nos rótulos o teor proteico de iogurtes, pães, snacks e até chocolates.
Mas afinal, será que comer proteína demais traz benefícios — ou pode se tornar um problema para o corpo?
A proteína é essencial para o organismo: participa da formação de músculos, enzimas, hormônios e do sistema imunológico, além de fornecer energia.
De acordo com diretrizes internacionais de alimentação saudável, o ideal é que 15% a 25% das calorias diárias venham de fontes proteicas.
A recomendação média é de:
0,84 g/kg de peso corporal para homens
0,75 g/kg para mulheres
Ou seja, um homem de 90 kg precisa de cerca de 76 g por dia, enquanto uma mulher de 70 kg necessita de 53 g.
Já pessoas acima de 70 anos ou crianças têm necessidades ligeiramente maiores.
Para quem pratica musculação ou treinos de resistência, estudos apontam que o consumo de até 1,6 g/kg por dia (cerca de 144 g para uma pessoa de 90 kg) pode ajudar no ganho de força e massa muscular.
Porém, acima desse limite, o corpo não apresenta ganhos adicionais — e o excesso pode trazer consequências negativas.
O excesso proteico não é simplesmente eliminado pelo corpo. Parte é convertida em gordura corporal, já que proteína também é fonte de energia.
Quando a ingestão calórica total ultrapassa a necessidade diária, o corpo armazena o excedente como tecido adiposo.
Além disso, comer proteína demais pode sobrecarregar rins e fígado, especialmente em pessoas com doença renal crônica, que devem controlar a ingestão com acompanhamento médico.
Há ainda o risco de uma condição conhecida como “intoxicação por proteína” — também chamada de “fome do coelho”.
Ela ocorre quando a dieta contém muita proteína, mas pouca gordura e carboidrato, levando a fadiga, náuseas e perda de apetite.
Nem toda proteína é igual.
As fontes vegetais (como feijões, lentilhas, ervilhas e grãos integrais) estão associadas a menor risco de câncer e diabetes tipo 2, além de melhorar o colesterol.
Já a proteína animal, quando consumida em excesso, tem sido relacionada a maior risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, sobretudo devido ao alto teor de gordura saturada em carnes vermelhas e processadas.
“A origem da proteína — e o equilíbrio entre fontes animais e vegetais — é mais importante do que simplesmente tentar adicionar cada vez mais proteína ao prato”, explica Margaret Murray,
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