Campo Grande (MS), Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025
Política / Economia
Eduardo Leite responsabiliza família Bolsonaro por tarifaço dos EUA e pede apoio a Alckmin
Governador do RS afirma que postura da família do ex-presidente contribuiu para sanções de Trump contra o Brasil
06/08/2025
17:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), atribuiu à família do ex-presidente Jair Bolsonaro a principal responsabilidade pela decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas extras às importações brasileiras. A declaração foi dada nesta quarta-feira (6) após reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (PSB).
“A responsabilidade maior está na família Bolsonaro, não há dúvidas disso. Eles mesmo avocam”, afirmou Leite aos jornalistas.
Apesar da crítica direta ao clã bolsonarista, o governador reconheceu que manifestações do presidente Lula (PT) também contribuíram para um clima de tensão diplomática com o governo Trump, sugerindo que declarações públicas acirradas não ajudam na construção de pontes entre os países.
“Firmeza não tem relação com grosserias, ataques. O governo do Canadá, por exemplo, reage com sobriedade, mesmo sendo alvo constante de Trump”, comparou.
Durante o encontro com Alckmin, Leite buscou alternativas para amenizar os efeitos do tarifaço sobre a economia gaúcha. Ele citou setores duramente afetados, como:
Indústria de armas e munições
Produtos de metal
Couro e calçados
Produtos de madeira
“Há uma busca por nova lista de exceções e a expectativa é de que possam incluir mais produtos. Um caso que merece especial atenção é o de armas e munições”, destacou.
Segundo Leite, o vice-presidente Alckmin relatou que tem conversado com o secretário de Comércio dos Estados Unidos e outros representantes da gestão Trump, com o objetivo de reverter ou ao menos flexibilizar a medida.
“Vejo muito esforço da parte do vice-presidente. Ele está atento ao impacto econômico e aberto a construir alternativas de negociação internacional”, disse.
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