Política / Assembleia Legislativa
Deputados do PT criticam manifestações pró-Bolsonaro e cobram saída do partido do governo Riedel
Pedro Kemp e Gleice Jane defendem rompimento com gestão estadual e rechaçam atos que paralisaram o Congresso Nacional
06/08/2025
10:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), os deputados Pedro Kemp e Gleice Jane, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), fizeram duras críticas às manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defenderam o rompimento do partido com o governo estadual de Eduardo Riedel (PSDB).
Primeiro a se manifestar na tribuna, o deputado Pedro Kemp classificou como “absurda” a ocupação das mesas diretoras da Câmara e do Senado, realizada por parlamentares bolsonaristas em protesto contra a prisão domiciliar de Bolsonaro.
“O protesto impediu o andamento de votações importantes, como o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Um ato que paralisa o Poder Legislativo apenas para defender uma família acusada de crimes graves.”
Kemp também abordou a entrada em vigor, nesta quarta-feira, do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que atinge produtos brasileiros e afeta diretamente o agronegócio.
“Estranha-me o silêncio do ex-governador Reinaldo Azambuja e do atual governador Eduardo Riedel diante dos ataques à economia e das afrontas ao Poder Judiciário. Bolsonaro está em prisão domiciliar porque descumpriu medidas cautelares.”
O deputado defendeu um posicionamento mais firme do PT:
“É hora de debater a conjuntura. Defendo que deixemos o Governo do Estado.”
A deputada Gleice Jane reforçou o posicionamento de Kemp e pediu que o PT oficialize a saída da base governista estadual.
“Continuar nesse governo não é saudável para a democracia. Não é a primeira vez que o governo Riedel se manifesta de forma alinhada a um projeto autoritário.”
Ela também criticou a manifestação bolsonarista ocorrida no domingo (3), na qual uma bandeira dos Estados Unidos foi erguida acima da brasileira, em referência ao apoio a Donald Trump.
“Isso é inadmissível. O Brasil não pode ser um país subserviente. Precisamos de seriedade nesse processo.”
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) após o ex-presidente participar, por videochamada, de atos considerados como desobediência às medidas cautelares. O episódio agravou a tensão política no Congresso Nacional, onde deputados bolsonaristas exigem anistia e o impeachment de Moraes, pressionando as presidências da Câmara e do Senado.
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