Campo Grande (MS), Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025

Política / Senado Federal

Alcolumbre marca sessão remota no Senado, e Motta ameaça suspender opositores que bloquearem plenário

Sessões legislativas tentam contornar protestos pró-Bolsonaro; oposição exige impeachment de Moraes e anistia aos presos do 8 de janeiro

06/08/2025

18:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A crise política instalada no Congresso Nacional após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro motivou reações firmes dos presidentes do Senado e da Câmara nesta quarta-feira (6). Para driblar a ocupação dos plenários por parlamentares bolsonaristas, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) adotaram medidas drásticas para assegurar o funcionamento das Casas Legislativas.

No Senado, Alcolumbre anunciou que a sessão deliberativa de quinta-feira (7) será realizada de forma remota, em resposta à ocupação da Mesa Diretora por senadores da oposição desde a terça-feira (5). Em nota, o presidente do Senado afirmou que não aceitará "intimidações" nem "ações que visem desestabilizar o funcionamento do Parlamento".

“A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza. O Parlamento não será refém de ações que paralisem a pauta legislativa”, declarou Alcolumbre.

O presidente destacou ainda que a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos segue como prioridade na pauta da Casa.

Câmara terá sessão presencial com reforço de segurança

Na Câmara dos Deputados, o clima também esquentou. Hugo Motta convocou uma sessão presencial para esta quarta-feira (6), às 20h30, e avisou que qualquer tentativa de bloqueio ao acesso do plenário poderá resultar em suspensão imediata do parlamentar envolvido. A Polícia Legislativa está de prontidão para garantir o cumprimento da ordem.

“A presidência da Câmara não permitirá que protestos interrompam os trabalhos. Quem tentar impedir a sessão será suspenso”, informou a nota oficial.

As ações vêm em resposta à ocupação iniciada por deputados e senadores ligados ao ex-presidente Bolsonaro, que exigem a votação de três pautas: impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF), anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.

A movimentação da oposição nas duas Casas tem como pano de fundo o descontentamento com a decisão de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro, que agora cumpre a medida em Brasília sob vigilância da Polícia Federal.


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