POLÍCIA
Feminicídio choca MS: Mulher baleada pelo ex-companheiro morre após dois dias de luta no hospital
Primeiro caso do ano em Mato Grosso do Sul: agressor invadiu loja, atirou em duas mulheres e se suicidou
04/02/2025
08:05
DA REDAÇÃO
Karina foi baleada pelo ex-marido enquanto estava trabalhando (Reprodução/Redes Sociais)
Na madrugada desta terça-feira (4), Karina Corim, 29 anos, faleceu no Hospital da Vida, em Dourados – a cerca de 225 quilômetros de Campo Grande – após lutar por dois dias contra os ferimentos causados por disparos efetuados pelo seu ex-companheiro. O crime, registrado como feminicídio, ocorreu na manhã de sábado (1º) na cidade de Caarapó.
Na manhã de sábado, Renan Dantas Valenzuela, 31 anos, invadiu a loja de acessórios para celular de Karina, localizada em Caarapó. Segundo o boletim de ocorrência, o ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento de dois anos, armou-se e efetuou disparos contra Karina e Aline Rodrigues (31 anos), amiga da vítima que acompanhava-a no estabelecimento.
Logo em seguida, o agressor se aproximou de Karina, posicionada atrás do balcão – onde ela vestia uma blusa vermelha – e atirou contra ela a curta distância. Após os disparos, o homem deixou a arma cair, retirou um frasco com combustível da mochila, jogou-o sobre as gôndolas da loja e ateou fogo, causando mais pânico e destruição.
Ferido, Renan Dantas buscou socorro, mas a violência dos ferimentos o impediu de sobreviver. Ele se trancou em um banheiro e atirou contra a própria cabeça, vindo a falecer após ser atendido na unidade hospitalar de Caarapó.
Karina, que inicialmente apresentou melhora leve durante o final de semana, teve seu estado agravado na segunda-feira, não resistindo às complicações e vindo a falecer na madrugada desta terça-feira.
A investigação preliminar conduzida pela Polícia de Caarapó apurou que o relacionamento entre Karina e Renan durou dois anos e se deteriorou de forma conturbada recentemente. Destaca-se que Karina chegou a solicitar medidas protetivas de urgência na sexta-feira (31), mas não houve tempo hábil para a intimação do agressor.
O caso foi registrado sob as naturezas de feminicídio, homicídio simples e suicídio, configurando o primeiro feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul. Dados da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) indicam que, em janeiro do ano passado, três mulheres foram assassinadas por companheiros, e em fevereiro há registro de cinco casos, demonstrando uma tendência preocupante.
Este trágico episódio evidencia a urgência de medidas efetivas para proteger mulheres em situação de risco e reforça a necessidade de políticas públicas que previnam e combatam a violência doméstica e o feminicídio. As autoridades seguem investigando o caso para elucidar todas as circunstâncias que culminaram nesta violenta perda.
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