Operação Ultima Ratio
OAB/MS cria comissão para acompanhar investigações sobre venda de sentenças
Operação Ultima Ratio tem nove advogados de MS entre os investigados; desembargadores e conselheiros do TCE também estão na mira
24/10/2024
17:05
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul (OAB/MS) anunciou, na tarde desta quinta-feira (24), a criação de uma comissão especial para acompanhar as investigações da Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal. A operação apura um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e envolveu nove advogados do estado.
A operação cumpriu 44 mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Brasília (DF) e São Paulo (SP). Entre os investigados estão desembargadores do TJMS, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) e advogados. A ação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, e envolve crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de documentos.
A OAB/MS formou uma comissão composta por:
Essa comissão acompanhará as apurações conduzidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), avaliando o desenrolar das investigações e eventuais medidas disciplinares contra os advogados envolvidos.
Dos nove advogados investigados, muitos são filhos de desembargadores afastados na operação:
Em nota, a OAB/MS afirmou que o Tribunal de Ética aguardará as informações necessárias para avaliar as responsabilidades dos profissionais citados.
“A OAB/MS reafirma seu compromisso com a transparência, ética e combate à corrupção, sempre na estrita obediência aos princípios da legalidade, do contraditório e da ampla defesa”, diz o comunicado.
O nome da operação, derivado do latim, significa "[a força é] o último argumento dos reis", sugerindo que, esgotados os argumentos razoáveis em um debate, a força se torna necessária. Segundo a Polícia Federal, o objetivo é apurar um esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, abrangendo possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, extorsão e falsificação de documentos.
O STJ também determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados, além de medidas como afastamento das funções e uso de tornozeleira eletrônica por desembargadores, incluindo:
Clique AQUI e siga JE no Instagram para mais atualizações.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
FGTS: termina hoje (20) a segunda fase do pagamento especial do saque-aniversário
Leia Mais
Bolsonaro usa narrativa sobre ditadura militar no STF para negar tentativa de golpe em 2022
Leia Mais
De olho na reeleição, Riedel intensifica articulações com prefeitos para repetir aliança de 2022
Leia Mais
Campo Grande faz plantão de vacinação contra a gripe nesta sexta-feira (20) no Mercado Gaúcho
Municípios