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Senador Nelsinho Trad garante aprovação de acordo internacional que destrava a Rota Bioceânica e reduz custos de exportação
Convenção Aduaneira TIR promete cortar até 80% do tempo nas fronteiras e tornar corredor Brasil–Pacífico mais competitivo
12/11/2025
21:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou, nesta quinta-feira (13), o Projeto de Decreto Legislativo 655/2025, que ratifica a Convenção Aduaneira TIR, tratado internacional que simplifica o trânsito de cargas e reduz a burocracia nas fronteiras. O parecer é do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da CRE e defensor histórico da Rota Bioceânica.
Segundo o parlamentar, a adesão brasileira ao sistema TIR é condição essencial para que o corredor que ligará Mato Grosso do Sul ao Oceano Pacífico opere com plena eficiência.
“A Rota Bioceânica só será plenamente viável se o Brasil operar no mesmo regime aduaneiro que nossos vizinhos. A adesão ao TIR é o que vai permitir que os caminhões cruzem fronteiras sem precisar parar em cada aduana”, afirmou o senador.
O TIR (Transports Internationaux Routiers) atua como um passaporte alfandegário único. Nele:
A carga é lacrada e inspecionada apenas na origem e no destino;
Caminhões cruzam fronteiras sem a necessidade de repetidas vistorias;
O modelo já é usado em mais de 80 países;
O tempo de travessia de fronteiras pode cair em até 80%;
Custos operacionais, atrasos e riscos logísticos são reduzidos.
A convenção coloca o corredor bioceânico em um novo patamar:
Redução de até 17 dias no tempo das exportações brasileiras para a Ásia;
Queda de cerca de 30% no custo do frete em relação à rota pelo Porto de Santos;
Maior segurança, previsibilidade e competitividade para cargas do agronegócio e da indústria.
O corredor terá mais de 3.000 km, ligando Campo Grande aos portos do norte do Chile, atravessando Paraguai e Argentina.
“Essa convenção é o elo que faltava para tornar a Rota Bioceânica realmente competitiva”, destacou Nelsinho Trad.
Para o senador, os efeitos vão além da logística:
“Não é apenas uma estrada. É um corredor de desenvolvimento que vai aproximar economias, gerar empregos e integrar culturas. O Brasil precisa olhar para o Pacífico com a mesma atenção que sempre teve com o Atlântico.”
Com a aprovação na CRE, o parecer segue para votação no Plenário do Senado.
Em seguida, a promulgação do Executivo permitirá que o Brasil formalize sua adesão à convenção.
A expectativa é que as primeiras operações plenas com o regime TIR ocorram em 2026, marcando um novo ciclo para o comércio exterior sul-americano e consolidando Mato Grosso do Sul como ponto estratégico de integração continental.
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