Política Internacional
Governo Trump volta a ameaçar o Brasil e cita Alexandre de Moraes em críticas a ‘abusos de autoridade’
Subsecretário do Departamento de Estado reforça tom duro dias após Trump se dizer “muito irritado” e cogitar restrições a vistos diplomáticos
08/09/2025
14:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governo dos Estados Unidos voltou a elevar o tom contra o Brasil. Nesta segunda-feira (8), o subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado publicou mensagem na rede social X em que relaciona a comemoração da Independência do Brasil, no domingo (7), às críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Ontem marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores da liberdade e da justiça. Em nome do ministro Alexandre de Moraes e dos indivíduos cujos abusos de autoridade minaram essas liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas cabíveis”, escreveu o diplomata.
A manifestação ocorre três dias após o presidente Donald Trump declarar estar “muito irritado” com o Brasil e não descartar restrições a vistos de autoridades brasileiras que pretendem participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ainda neste mês.
“Estamos muito irritados com o Brasil. Já aplicamos tarifas pesadas porque eles estão fazendo algo muito infeliz. O governo mudou radicalmente para a esquerda. Isso está fazendo muito, muito mal. Vamos ver”, disse Trump em coletiva na Casa Branca.
Em agosto, o governo americano impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros e sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, o que resultou no cancelamento de seu visto para os EUA.
O ministro é relator do processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro responde por crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Trump tem reiterado que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” no Brasil.
As novas ameaças se somam à disputa comercial e diplomática já em curso e são vistas por analistas como parte da estratégia de Trump de pressionar governos classificados como adversários ideológicos. A possibilidade de sanções durante a Assembleia da ONU preocupa autoridades brasileiras e especialistas em relações internacionais, já que o encontro reúne anualmente líderes de todo o mundo e coloca os Estados Unidos como anfitrião de organismos multilaterais.
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