Campo Grande (MS), Sábado, 16 de Agosto de 2025

Infraestrutura / Desenvolvimento

Em Campo Grande, José Dirceu pede reativação da ferrovia Malha Oeste em MS

Ex-ministro defende que linha férrea fortalece a Rota Bioceânica e reduz custos logísticos para o Estado

15/08/2025

21:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ex-ministro José Dirceu (PT) defendeu nesta sexta-feira (15), em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, a reativação da Malha Oeste, ferrovia que liga Mairinque (SP) a Corumbá (MS). Segundo ele, a retomada do trecho é estratégica para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, reduzindo custos logísticos, fortalecendo a Rota Bioceânica e ampliando o escoamento da produção do Estado.

O debate foi proposto pela vereadora Luiza Ribeiro (PT) e contou com a presença de sindicalistas, diplomatas e parlamentares estaduais e federais.

Dirceu: logística e mercado asiático

Durante sua fala, o ex-ministro destacou a importância da ferrovia para ampliar a competitividade do Brasil no comércio internacional:

“A Ásia é um dos mercados mais promissores do mundo. São três bilhões de pessoas que podem receber nossos produtos”, afirmou.

Dirceu também ressaltou que BNDES e Fonplata podem financiar a obra e que projetos dessa magnitude devem ter infraestrutura garantida pelo poder público, com a iniciativa privada responsável pela operação.

Apoios políticos e sindicais

  • Zeca do PT reforçou que a viabilidade da ferrovia depende do volume de cargas transportadas.

  • O deputado federal Vander Loubet (PT-MS) prometeu articular em Brasília, defendendo a importância do transporte ferroviário para o escoamento do minério de Corumbá.

  • O sindicalista Roberval Duarte Placce, do Sindicato dos Ferroviários da Noroeste do Brasil, lembrou que atualmente apenas 70 km da ferrovia estão ativos, com menos de 150 ferroviários trabalhando.

Malha Oeste: situação crítica

Com 1.973 km de extensão, a ferrovia é administrada pela concessionária Rumo, mas segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a infraestrutura está depreciada.

  • O TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou a repactuação pedida pela empresa.

  • Abre-se, assim, caminho para a relicitação da concessão, tema que já vem sendo discutido pelos governadores de Mato Grosso do Sul e São Paulo em Brasília.

Contexto estratégico

A reativação da Malha Oeste é vista como fundamental para integrar o Brasil à Rota Bioceânica, que ligará o Estado ao Chile, permitindo acesso direto aos portos do Pacífico e ao mercado asiático.

 


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal do Estado MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: