Política
Rui Falcão defende polarização e cobra PT nas ruas: “Tem que sair das garras do Centrão”
Em visita a MS, candidato à presidência nacional do PT critica aliança com o Centrão, aponta corrupção em outros partidos e defende campanha ideológica para 2026
26/06/2025
20:10
DA REDAÇÃO
Deputado federal Rui Falcão é candidato a presidente do diretório nacional do PT ©Madu Livramento
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), candidato à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores, defendeu a retomada da polarização política e criticou a aproximação da legenda com o Centrão. Em agenda nesta quinta-feira (26) em Mato Grosso do Sul, Falcão afirmou que o PT precisa “voltar às ruas” e fazer uma “campanha quente” pela reeleição do presidente Lula em 2026.
“A direita tomou as ruas da gente. Vai ficar assim? Acho que não. Nós também temos que ter direito e batalhar para ocupar as ruas”, afirmou durante coletiva em Campo Grande. “Temos que sair das garras do Centrão.”
O petista rejeitou qualquer proposta de despolarização e ressaltou a importância do confronto ideológico.
“Nada de acabar com a polarização. Ela existe e está polarizada contra nós. Se você baixar a guarda, eles vão avançar mais”, alertou Falcão.
Ele também defendeu nomear adversários na campanha de 2026, “dar nome aos bois”, como forma de mobilizar a militância petista e retomar o vínculo com as bases populares.
Rui Falcão integra a chapa Campo Popular, apoiada pelo deputado federal Vander Loubet, pelo grupo estadual MT-MS em Movimento e pela chapa Unidade na Luta, representada por Pedro Kemp, que concorre ao diretório municipal de Campo Grande.
Falcão também abordou o tema da corrupção diante da CPMI que investiga descontos ilegais no INSS. Disse que o governo Lula tem aprimorado os mecanismos de controle e responsabilizou gestões anteriores pelas principais denúncias:
“O que há de denúncia de corrupção é de outros partidos, incluindo o governo anterior. Muita gente espero que vá para cadeia, não só por corrupção, mas por tentativa de assassinato de autoridades.”
Falcão também admitiu que nenhum grupo está imune a casos de corrupção:
“Toda organização partidária, religiosa, está sujeita a desvio de conduta. Mas no PT, se houver, será banido.”
Ele lembrou que durante sua presidência nacional do partido, entre 2011 e 2017, todos os casos foram apurados:
“Isso compromete o partido.”
Sobre a aprovação do projeto que amplia o número de deputados federais de 513 para 531, Rui criticou a medida e o que chamou de “voto do mal menor”:
“Votei a favor ontem do mal menor: aumenta o número, mas não aumenta a despesa. Mas isso é engana trouxa. Vai aumentar sim. Foi pressão do Hugo Motta.”
Falcão ironizou a justificativa de que não haverá impacto financeiro com o aumento das cadeiras:
“Não vai acontecer. Não vai reduzir salário, não vai cortar funcionário. É só narrativa.”
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