Política / Partidos
Fusão entre PSDB e Podemos fortalece Soraya Thronicke, mas pode acelerar saída de Riedel e Reinaldo da nova sigla
Movimento deve ser oficializado ainda em abril; líderes tucanos avaliam migração para PSD, PP ou até PL
24/04/2025
09:45
JCR
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
A iminente fusão entre o PSDB e o Podemos, prevista para ser anunciada até o final de abril, promete fortalecer a candidatura à reeleição da senadora Soraya Thronicke (Podemos), mas ao mesmo tempo, não assegura a permanência dos principais nomes tucanos do Estado, como o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB.
A articulação cria um novo partido mais robusto, com presença forte no Congresso Nacional e em bases municipais, mas pode provocar um efeito colateral indesejado: a debandada de caciques e lideranças tucanas em Mato Grosso do Sul.
Atualmente, o PSDB é a maior força política do Estado, comandando 45 prefeituras. A eventual saída de Riedel e Reinaldo poderia puxar consigo vereadores, deputados estaduais, federais e prefeitos, reorganizando completamente o mapa político local.
Eduardo Riedel, favorito à reeleição em 2026, é sondado por Gilberto Kassab para se filiar ao PSD, que já conta com o senador Nelsinho Trad como pré-candidato à reeleição. Também é cortejado por Jair Bolsonaro (PL) e pela senadora Tereza Cristina (PP), o que abriria outras frentes para composição majoritária.
Caso opte pelo PP, Riedel poderia reforçar uma possível chapa com nomes como:
Dr. Luiz Ovando (deputado federal)
Gerson Claro (presidente da ALEMS)
Marcelo Miglioli (ex-secretário de Infraestrutura)
Se migrar para o PL, ajudaria a consolidar a pré-candidatura da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, já lançada por Bolsonaro.
O ex-governador Reinaldo Azambuja é apontado como nome forte na disputa pelo Senado, mas enfrenta o desafio de encontrar uma sigla com estrutura, tempo de televisão e recursos partidários. A experiência de favoritos que fracassaram, como Pedro Pedrossian (MDB) em 2002, ainda ecoa entre os mais experientes.
Outro exemplo recente foi a eleição de Soraya Thronicke em 2018, quando superou pesos-pesados como Zeca do PT, Waldemir Moka (MDB) e Marcelo Miglioli, numa onda bolsonarista que ainda influencia o jogo político.
Tanto Riedel quanto Reinaldo ainda não descartam esperar um possível acordo de federação com o Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Nesse cenário, ambos poderiam manter autonomia estratégica até 2026.
A permanência de Riedel no novo partido PSDB-Podemos também lhe permitiria permanecer neutro na polarização entre PT e PL, como fez em sua bem-sucedida campanha em 2022, ganhando tempo para avaliar uma eventual disputa presidencial ou nacional em futuro próximo.
Nem mesmo o atual deputado estadual do Podemos, Professor Rinaldo Modesto, confirma permanência na futura sigla. Ele afirmou que aguardará a janela partidária de março de 2026 para definir seu destino político.
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