Campo Grande (MS), Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA

Aliados de Trump intensificam ofensiva contra Moraes e governo Lula em estratégia global da extrema direita

Pressão jurídica e midiática antecipa cenário de contestação das eleições de 2026

19/02/2025

17:10

SEMANA ON

O Brasil tornou-se um campo de batalha estratégico para a extrema direita global, com aliados de Donald Trump intensificando ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o governo Lula e o processo eleitoral brasileiro. A ofensiva, que envolve frentes jurídicas, políticas e de desinformação, reflete o alinhamento entre bolsonaristas e republicanos radicais nos EUA, além de antecipar um possível cenário de contestação das eleições presidenciais de 2026.

📌 Principais ações da ofensiva global:
✔️ Ação judicial nos EUA contra Alexandre de Moraes, promovida por empresas ligadas a Trump
✔️ Pressão de congressistas republicanos para questionar o sistema eleitoral brasileiro
✔️ Elon Musk e a amplificação da narrativa bolsonarista sobre censura e perseguição política
✔️ Atuação de Eduardo Bolsonaro para mobilizar apoio internacional ao bolsonarismo

Ação contra Moraes nos EUA e possível retaliação futura

A ação judicial contra o ministro Alexandre de Moraes, movida pela Trump Media Group e a plataforma Rumble, acusa o magistrado de censura e abuso de poder ao impor restrições a perfis bolsonaristas em redes sociais. O caso visa desacreditar o STF e criar um ambiente internacional hostil contra o Judiciário brasileiro.

🔹 O que a ação ignora?

  • A tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023
  • Os ataques sistemáticos ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas
  • O uso das redes sociais para incitar violência e desestabilizar a democracia

A ação também faz referência ao Tribunal Penal Internacional (TPI), buscando replicar o precedente criado por Trump em 2020, quando sancionou membros do TPI por supostas ameaças à soberania dos EUA. Caso Trump seja reeleito, esse argumento poderia embasar sanções diretas contra Moraes ou até contra o governo brasileiro.

Elon Musk e a instrumentalização das redes sociais

Desde que assumiu o controle do X (ex-Twitter), Elon Musk tem atuado como um dos principais agentes na amplificação da narrativa da extrema direita, promovendo postagens contra o governo Lula e insuflando acusações infundadas de censura.

📌 Principais ações de Musk:
✔️ Republicação de postagens sugerindo "impeachment de Lula"
✔️ Insinuação de que houve "lawfare" contra Bolsonaro
✔️ Interação com influenciadores bolsonaristas para amplificar acusações de perseguição política

O envolvimento de Musk e congressistas republicanos mostra uma tentativa clara de minar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, preparando terreno para uma possível contestação das eleições de 2026.

Bolsonarismo e extrema direita americana: uma aliança internacional

O deputado Eduardo Bolsonaro tem sido um dos principais articuladores dessa aproximação entre o bolsonarismo e o trumpismo. Recentemente, ele se reuniu com congressistas americanos para reforçar a narrativa de perseguição política e mobilizar apoio internacional.

📌 Principais ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA:
✔️ Encontros com Jim Jordan, Chris Smith, Maria Salazar e Rick Scott, aliados de Trump
✔️ Tentativa de mobilizar a OEA contra o governo Lula, sob alegação de violações à liberdade de expressão
✔️ Participação no CPAC, evento da extrema direita global, para fortalecer a narrativa de perseguição a Bolsonaro

A estratégia visa criar pressão diplomática e jurídica contra o Brasil, possivelmente pavimentando o caminho para sanções internacionais caso Trump seja reeleito.

Conclusão: O Brasil no centro de uma guerra híbrida

A ofensiva da extrema direita internacional contra o governo Lula e o STF insere o Brasil em um cenário global de ataques coordenados contra democracias. A aliança entre bolsonaristas e republicanos trumpistas não se trata apenas de um movimento de solidariedade política, mas de uma estratégia articulada para deslegitimar as instituições brasileiras e preparar o terreno para contestação eleitoral em 2026.

Se Trump for reeleito, o apoio à extrema direita brasileira pode se intensificar, elevando os riscos de ingerências externas e novas tentativas de desestabilização institucional. O Brasil precisará reforçar sua diplomacia e consolidar defesas contra campanhas de desinformação e pressões internacionais para proteger sua democracia diante desse novo embate global.


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