Campo Grande (MS), Terça-feira, 16 de Dezembro de 2025

Cidades / Transporte

Motoristas mantêm greve do transporte coletivo e confirmam paralisação total nesta terça-feira em Campo Grande

Categoria recebeu apenas metade do salário de novembro; sindicato fala em 100% da frota parada e Prefeitura nega dívida

15/12/2025

18:00

DA REDAÇÃO

©REPRODUÇÃO

Os motoristas do transporte coletivo de Campo Grande decidiram, no fim da tarde desta segunda-feira (15), manter a greve nesta terça-feira (16). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU-CG), a paralisação seguirá com 100% da frota fora de circulação, pelo segundo dia consecutivo.

A decisão foi tomada em assembleia e acata a orientação da diretoria sindical. Segundo o presidente do STTCU-CG, Demétrio Freitas, os trabalhadores seguem mobilizados diante do pagamento parcial do salário de novembro e da falta de garantia quanto aos próximos vencimentos, incluindo a segunda parcela do 13º salário e o vale-alimentação, previsto para o dia 20.

Salários atrasados e incerteza financeira

Conforme o sindicato, os motoristas receberam apenas 50% do salário de novembro. Além disso:

  • o vale-alimentação de novembro não foi pago;

  • a primeira parcela do 13º salário não foi depositada no prazo legal;

  • a segunda parcela do 13º, com vencimento até 20 de dezembro, segue sem previsão.

A situação, segundo a entidade, agravou o quadro financeiro dos trabalhadores e motivou a manutenção da greve.

Paralisação e disputa de versões

Os ônibus do Consórcio Guaicurus não circularam nesta segunda-feira (15), primeiro dia da paralisação. A greve foi deflagrada após a concessionária informar ao sindicato que não teria condições financeiras de efetuar os pagamentos, alegando falta de repasses por parte da Prefeitura de Campo Grande.

A Prefeitura, por sua vez, nega a existência de dívida que justifique a paralisação, mantendo o impasse entre poder público, empresa concessionária e trabalhadores.

Decisão quase unânime

Segundo Demétrio Freitas, a decisão pela greve foi praticamente unânime entre os motoristas, refletindo a insatisfação da categoria com os atrasos salariais e a ausência de perspectivas concretas de regularização dos pagamentos.

Contexto judicial

A manutenção da paralisação ocorre mesmo após decisão da Justiça do Trabalho, que determinou a manutenção mínima de 70% da força de trabalho, sob pena de multa diária de R$ 20 mil ao sindicato, além de outras medidas coercitivas. O TRT também marcou audiência de conciliação para esta terça-feira (16), às 15h45, na sede do tribunal.

Impacto

A paralisação total afeta diretamente milhares de usuários do transporte público na Capital, especialmente trabalhadores que dependem do serviço para deslocamento diário.

 


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