SAÚDE
Uso excessivo de ar-condicionado no verão aumenta casos de olho seco, alerta OMS
Trabalhadores em ambientes fechados enfrentam aumento de sintomas devido ao ar seco
31/01/2025
08:00
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a incidência da síndrome do olho seco salta de 10% para 20% durante o verão entre trabalhadores que abusam do ar-condicionado em ambientes fechados e sem ventilação. Olhos vermelhos, sensação de corpo estranho, ardência, coceira e visão borrada são os sintomas que estão lotando os consultórios oftalmológicos.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, a maioria dos pacientes trabalha em ambientes altamente refrigerados e alguns ainda utilizam lentes de contato, o que reduz a lubrificação dos olhos. Nessas condições, o ar se torna muito seco e até quem possui produção normal de lágrimas pode sentir desconforto ocular. Queiroz Neto alerta que a exposição diária ao ar seco pode levar a uma alteração crônica do filme lacrimal.
A situação se agrava para quem passa o dia todo no computador, pois, diante das telas, piscamos menos e a posição dos olhos facilita a evaporação das lágrimas. O especialista explica que a baixa umidade nos ambientes refrigerados está associada ao olho seco evaporativo, um aumento da evaporação da lágrima que, em 70% dos casos, ocorre devido a alterações nas glândulas de meibômio. Essas glândulas, localizadas nas bordas das pálpebras, secretam a camada gordurosa da lágrima que impede esse processo.
Queiroz Neto destaca que o olho seco pode acometer tanto homens quanto mulheres, mas a população feminina tem duas vezes mais chance de desenvolver o problema. Isso ocorre devido às oscilações nos níveis de estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta desse hormônio na pós-menopausa. Além do ar seco e das alterações hormonais, outros fatores de risco incluem:
O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Contudo, o oftalmologista alerta que o uso excessivo desse tipo de colírio pode irritar os olhos devido aos conservantes presentes. “Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma Queiroz Neto. É essencial analisar a lágrima para indicar o tratamento correto. Quando a produção lacrimal é prejudicada por blefarite, a aplicação de luz pulsada é o tratamento mais indicado, pois desobstrui as glândulas de meibômio nas pálpebras e restabelece a circulação das lágrimas.
Para prevenir a síndrome do olho seco, o especialista recomenda:
Seguindo estas orientações simples, é possível ganhar mais produtividade e conforto para os olhos, finaliza Queiroz Neto.
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