TRÂNSITO
Campo Grande se prepara para o retorno dos parquímetros com licitação prevista para dezembro
Projeto prevê ampliação de vagas e modernização do sistema, mas reajuste de tarifas gera debate entre moradores.
17/11/2024
09:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O sistema de estacionamento rotativo pago de Campo Grande está próximo de ser reativado. Com licitação prevista para a primeira semana de dezembro, o projeto passará antes pelo Conselho de Regulação da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) no dia 28 de novembro, conforme informações da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
A reativação dos parquímetros deve mais que triplicar o número de vagas disponíveis, passando das atuais 2.200 para cerca de 6.200. O sistema incluirá trechos estratégicos, como a avenida Calógeras, e trará inovações como pagamento por aplicativos e monitoramento digital em tempo real.
O objetivo, segundo a Prefeitura, é melhorar a organização do trânsito e aumentar a rotatividade de veículos nas áreas de maior demanda, facilitando o acesso às regiões comerciais da cidade. A expectativa é de que o sistema esteja em funcionamento no início de 2025.
Com o novo contrato, o preço por hora do estacionamento será reajustado de R$ 2,75 para R$ 4,40, representando um aumento de 60%. A previsão é de que a empresa vencedora do contrato arrecade até R$ 6 milhões mensais no centro da cidade.
Enquanto comerciantes e consumidores divergem sobre o impacto do aumento, a Prefeitura defende o reajuste como necessário para atualizar o valor do serviço e viabilizar a modernização do sistema.
O retorno do sistema tem gerado debates na população:
Alessandro Pereira dos Santos, comerciante, avalia o retorno como positivo:
“A maioria dos carros parados hoje são de empresas ou funcionários, e meus clientes não têm onde estacionar. Para mim, a rotatividade é essencial.”
Andrea Martins, técnica de enfermagem, também apoia, mas ressalta problemas na antiga gestão:
“Mesmo com os problemas do parquímetro, a gente podia estacionar no centro. Agora, só os comerciantes ocupam as vagas, e quem precisa estacionar tem que andar quadras ou pagar estacionamento.”
José Carlos, aposentado e portador de deficiência, critica o custo:
“A cobrança é cara para a população. Se o preço fosse mais acessível, eu seria a favor, mas, do jeito que está, sou contra.”
Os parquímetros deixaram de funcionar em março de 2022, após o término do contrato com a empresa Flexpark, que operou o serviço por 20 anos. Desde então, a Prefeitura trabalha na reformulação do sistema, buscando expandir e modernizar a infraestrutura.
Após a análise do Conselho de Regulação, o edital de licitação será lançado oficialmente. A nova empresa vencedora será responsável por implementar as mudanças e ampliar o serviço.
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