Campo Grande (MS), Sexta-feira, 18 de Abril de 2025

Saúde / Alerta

MS entra em alerta máximo para aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

Crescimento atinge principalmente crianças pequenas e está associado ao vírus sincicial respiratório, aponta Fiocruz

10/04/2025

15:00

DA REDAÇÃO

©ILUSTRAÇÃO

Mato Grosso do Sul está em alerta máximo para uma possível explosão de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (10). O documento revela que o estado apresenta alto risco de incidência da doença, com tendência de crescimento tanto em curto quanto em longo prazo, afetando principalmente crianças pequenas, mas também jovens, adultos e idosos.

“Neste momento, é fundamental que os grupos prioritários busquem a vacinação contra a gripe”, alertou a pesquisadora Tatiana Portela, destacando a importância da prevenção diante da chegada do período crítico da influenza.

Vírus sincicial respiratório lidera infecções em crianças

O principal agente responsável pelo aumento de internações é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que tem causado alta de casos entre crianças de até dois anos de idade. A Fiocruz também identifica os primeiros sinais de crescimento nos casos de SRAG por influenza A, sobretudo em Mato Grosso do Sul.

A recomendação dos especialistas é clara: vacinação imediata para crianças entre seis meses e seis anos, gestantes, puérperas e idosos, além do uso de máscaras em locais fechados ou com aglomerações, principalmente no surgimento de sintomas gripais.

Dados nacionais reforçam alerta

Em todo o Brasil, o boletim registra 31.796 casos de SRAG notificados desde o início de 2025, sendo:

  • 12.527 casos positivos para algum vírus respiratório (39,4%);

  • 14.113 negativos (44,4%);

  • 3.060 aguardando resultado laboratorial (9,6%).

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos ficou distribuída da seguinte forma:

  • 50,4% VSR (vírus sincicial respiratório);

  • 31,4% rinovírus;

  • 10,3% influenza A;

  • 9,2% Covid-19 (Sars-CoV-2);

  • 1,6% influenza B.

Entre os óbitos confirmados por vírus respiratórios, a maioria foi causada pela Covid-19 (57,9%), seguida por rinovírus (19,5%) e influenza A (11%).

MS tem risco elevado em todos os cenários avaliados

Mato Grosso do Sul figura entre os estados com nível de incidência de SRAG considerado alto em todos os cenários analisados pela Fiocruz. Além das crianças, o crescimento também começa a se refletir entre adultos e idosos, indicando a necessidade urgente de medidas preventivas e ampliação da cobertura vacinal.

“O risco é real e iminente. Não estamos falando apenas de uma gripe forte. A SRAG pode evoluir rapidamente para quadros graves e hospitalizações”, reforça Tatiana Portela.

Vacinação e prevenção: o que fazer?

A Secretaria de Estado de Saúde e os órgãos municipais reforçam a importância da vacinação contra a gripe, sobretudo para:

  • Crianças de 6 meses a 6 anos;

  • Gestantes e puérperas;

  • Idosos;

  • Pessoas com comorbidades;

  • Trabalhadores da saúde e da educação.

Além disso, em caso de sintomas gripais, usar máscara, evitar locais com aglomeração e procurar atendimento médico são medidas essenciais para evitar agravamento e disseminação.


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