Campo Grande (MS), Sábado, 10 de Maio de 2025

POLÍTICA

Lula decide devolver relógio de luxo após decisão do TCU

Decisão de devolver relógio foi comunicada por Lula em reunião ministeria le confirmada à coluna pela assessoria de imprensa do presidente

08/08/2024

18:29

IGOR GADELHA

©DIVULGAÇÃO

O presidente Lula informou a seus ministros, durante a reunião ministerial desta quinta-feira (8/8), que vai devolver à União o relógio de ouro da marca Cartier que ganhou de presente em 2005, em seu primeiro mandato.

A decisão foi tomada após a maioria dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) decidirem na quarta-feira (7/8) que Lula pode permanecer com o objeto, avaliado em cerca de R$ 60 ml.

Conforme a coluna noticiou mais cedo, Lula ficou irritado com a decisão da Corte de Contas, após saber que ela poderá ser usada para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas.

Além de devolver o relógio, Lula informou na reunião que a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá apresentar um recurso ao TCU em relação à decisão, conforme a coluna noticiou mais cedo.

O argumento da AGU é de Lula pode ficar com o relógio porque, em 2005, não existia a regra do TCU de que presentes recebidos em cerimônias com outros chefes de Estado devem ser considerados patrimônio público.

A regra só foi decidida pela Corte de Contas em 2016. Bolsonaro, por sua vez, recebeu as joias a partir de 2019, quando assumiu como presidente da República.

À coluna, a assessoria de imprensa de Lula confirmou a declaração do petista sobre o relógio na reunião ministerial, mas disse que o timing da devolução dependerá do recurso a ser impetrado pela AGU.

Lula se sentiu usado pelo TCU

Em conversa com auxiliares na quarta logo após o julgamento pelo TCU, coluna noticiou mais cedo pela Corte de Contas para inocentar Bolsonaro no caso das joias.

No julgamento da quarta, a maioria dos ministros do TCU entendeu que faltam regras claras para definir o conceito de “bem de natureza personalíssima” e de alto valor de mercado.

A tese vencedora foi apresentada no plenário do tribunal pelo ministro Jorge Oliveira, indicado por Bolsonaro à Corte de Contas em 2020, segundo ano de mandato do então presidente.


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