Campo Grande (MS), Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025

Política / Câmara Federal

Líder do PL acusa Moraes de abuso de poder após anulação de votação sobre Zambelli

Sóstenes Cavalcante chama ministro de “ditador psicopata” e diz que decisão do STF atropela a soberania do Parlamento

11/12/2025

21:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), divulgou nota nesta quinta-feira reagindo de forma contundente à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou a votação do plenário da Câmara que havia mantido o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Para o parlamentar, a medida representa abuso de poder e uma interferência direta sobre a autonomia do Legislativo.

Segundo Sóstenes, Moraes teria ultrapassado os limites constitucionais. “O ditador psicopata que hoje manda nos três Poderes voltou a atacar. Quando um ministro anula a decisão soberana da Câmara e derruba o voto popular, isso deixa de ser Justiça e vira abuso absoluto de poder”, afirmou o deputado em nota oficial.

O parlamentar também classificou a decisão como um gesto de concentração de poder: “O Brasil viu um ato de usurpação institucional: um homem passando por cima do Parlamento e da vontade do povo. Isso fere a democracia no seu coração. Se o sistema não gosta do eleito, ele tenta destruí-lo no tapetão.”

A anulação da votação ocorre um dia após a Câmara rejeitar a cassação de Carla Zambelli, que obteve 227 votos favoráveis à perda do mandato e 170 contrários, sem alcançar os 257 votos necessários para cassação. A deputada está presa na Itália, para onde fugiu após ser condenada pelo STF.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes sustentou que a Câmara descumpriu o artigo 55 da Constituição Federal, que prevê a perda automática do mandato de parlamentares condenados criminalmente em decisão transitada em julgado — caso de Zambelli, cuja pena de 10 anos de prisão foi confirmada em maio pelo STF. Moraes determinou ainda que o suplente Coronel Tadeu (PL-SP) seja empossado em até 48 horas.

O episódio reabre o debate sobre os limites entre os Poderes e aprofunda o embate político entre setores do bolsonarismo e o Supremo Tribunal Federal.


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