Política / Eleições 2026
Simone Tebet nega boatos sobre troca do MDB pelo PSB e reafirma domicílio eleitoral em Mato Grosso do Sul
Ministra do Planejamento descarta candidatura por São Paulo e diz que, se concorrer ao Senado em 2026, será pelo MDB e por seu Estado natal
08/10/2025
07:30
CE
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), negou, em entrevista ao Correio do Estado, os boatos de que estaria prestes a trocar o MDB pelo PSB para disputar uma vaga ao Senado por São Paulo nas eleições de 2026. Segundo a ministra, não há qualquer intenção de mudar de partido nem de domicílio eleitoral.
“Eu não vou para o PSB e nem pretendo trocar o meu domicílio eleitoral de Mato Grosso do Sul para São Paulo para concorrer a uma vaga ao Senado. Caso eu saia candidata em 2026, será pelo MDB e pelo meu Estado”, afirmou Simone Tebet.
Simone também rejeitou a hipótese de que haveria resistência dentro do MDB à sua eventual candidatura ao Senado por Mato Grosso do Sul. Ela lembrou que a executiva nacional da legenda já sinalizou apoio à sua pré-candidatura, conforme publicado pelo próprio Correio do Estado em 31 de julho de 2025.
Na ocasião, o MDB nacional informou, em nota, que “nenhuma decisão foi tomada”, mas destacou que Tebet tem total apoio para disputar o Senado por Mato Grosso do Sul, caso decida concorrer.
A ministra também minimizou rumores sobre atritos com o ex-governador André Puccinelli (MDB), presidente de honra da sigla no Estado. Interlocutores do ex-governador afirmam que sua resistência não é com Simone, mas com a proximidade da ministra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — postura delicada em um Estado de maioria bolsonarista.
Em 2022, durante sua candidatura à Presidência da República, Simone Tebet evitou pedir apoio direto a candidatos do MDB sul-mato-grossense ligados a Jair Bolsonaro (PL), justamente para não interferir nas campanhas locais. A mesma estratégia, segundo aliados, deve ser repetida em 2026.
“Simone não pretende misturar a relação institucional com o Governo Federal com as alianças regionais, respeitando as posições políticas de cada colega de partido”, relatou uma fonte próxima.
Fontes partidárias indicam que o MDB poderá liberar suas bancadas estaduais para alianças regionais, como ocorreu em eleições anteriores — a exemplo de 2014, quando o então vice-presidente Michel Temer (MDB) integrou a chapa de Dilma Rousseff (PT), mas o diretório de Mato Grosso do Sul teve liberdade para apoiar candidaturas locais de oposição.
Em Brasília, crescem especulações sobre uma reformulação interna no PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, que estaria em busca de fortalecer sua base para 2026.
O PSB teria iniciado conversas com figuras do governo Lula, entre elas Marina Silva (Rede) e Alexandre Silveira (PSD), além de manter interlocução com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Manuela D’Ávila (ex-PCdoB).
A movimentação, segundo fontes políticas, faz parte da estratégia do PSB para ampliar a bancada federal e lançar nomes competitivos ao Senado, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Apesar de incluída em pesquisas encomendadas pelo governo em São Paulo, Simone Tebet descartou qualquer vínculo com essas articulações, reforçando que seu projeto político segue vinculado ao MDB e a Mato Grosso do Sul.
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