Campo Grande (MS), Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025
Política / Justiça
Moraes cobra explicações sobre demora no retorno de Bolsonaro à prisão domiciliar após alta hospitalar
Ministro do STF deu 24 horas para Polícia Penal do DF apresentar relatório detalhado sobre a escolta
15/09/2025
18:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (15/9) que a Polícia Penal do Distrito Federal explique, em até 24 horas, o motivo de não ter sido feito o “transporte imediato” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, após a alta hospitalar concedida no domingo (14).
No despacho, Moraes ordena que a corporação envie um relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações detalhadas sobre:
o veículo utilizado no deslocamento até o Hospital DF Star,
a equipe responsável pela segurança,
e os agentes que acompanharam Bolsonaro no quarto da unidade médica.
Bolsonaro deu entrada no Hospital DF Star por volta das 8h de domingo (14/9). Segundo boletim médico, ele passou por exames e por um procedimento de remoção de lesões no tronco e no braço direito, realizado com anestesia local e sedação.
O cirurgião Cláudio Birolin, responsável pelo procedimento, afirmou que o ex-presidente está com a saúde “fragilizada” e apresentava dificuldades de alimentação.
Após a alta, por volta das 14h, Bolsonaro deixou a unidade médica sob aplausos de apoiadores, que o recepcionaram com gritos e o hino nacional, e seguiu para casa, onde deveria retomar o cumprimento da medida de prisão domiciliar.
Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e crimes contra a democracia. O local definitivo de cumprimento da pena ainda será definido pelo ministro Alexandre de Moraes, mas atualmente o ex-presidente está em prisão domiciliar em Brasília, no âmbito de outro inquérito.
A exigência de explicações sobre a escolta amplia o rigor da fiscalização do Supremo sobre o cumprimento das medidas restritivas impostas ao ex-presidente.
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