Campo Grande (MS), Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025
Política / Relações Internacionais
Saiba quem são os brasileiros alvos da revogação de vistos pelos EUA
Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman atuaram no Mais Médicos e hoje ocupam cargos estratégicos no governo federal
13/08/2025
19:00
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (13) a revogação dos vistos de dois servidores públicos brasileiros que atuaram no Programa Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff (PT) e que ainda exercem funções no governo federal. A decisão, divulgada pelo secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, foi justificada como resposta à relação do Brasil com o regime cubano no passado.
Atualmente secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart é médico formado e servidor efetivo do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco.
Atuou no Mais Médicos durante a gestão de Dilma Rousseff
Já foi médico legista do Instituto Médico Legal de Pernambuco
Lecionou as disciplinas de Deontologia e Medicina Legal na Universidade de Pernambuco
Trabalhou no departamento de Medicina Social, com foco em políticas públicas de saúde
Hoje coordenador-geral para a Conferência das Partes (COP30), Kleiman é graduado em Direito pela USP, com mestrado em Relações Internacionais pela mesma instituição.
Foi diretor de Relações Institucionais e Parcerias na Presidência da República (abr/2024 a dez/2024)
Entre 2012 e 2015, atuou como responsável por relações institucionais no Ministério da Saúde
Participou da implementação do Mais Médicos e de articulações internacionais na área da saúde
A medida é parte das ações do governo norte-americano contra programas cubanos que enviam médicos a outros países, acusados de funcionar como esquemas de exportação de mão de obra com características de trabalho forçado. Segundo Washington, recursos que deveriam ser pagos aos profissionais eram repassados ao governo de Havana.
O Mais Médicos foi criado para suprir a falta de profissionais em regiões remotas do Brasil, utilizando a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como intermediária para contratação de médicos cubanos, sem seguir requisitos constitucionais brasileiros.
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