Campo Grande (MS), Domingo, 26 de Outubro de 2025

Política Internacional

Eduardo Bolsonaro alerta autoridades brasileiras após novas sanções dos EUA ligadas ao Mais Médicos

Deputado licenciado diz que violações de direitos humanos “não ficam esquecidas” e prevê novas medidas punitivas

13/08/2025

18:30

DA REDAÇÃO

©REPRODUÇÃO

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou, nesta quarta-feira (13), a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar vistos e impor restrições a ex-integrantes do programa Mais Médicos e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo ele, a medida é um recado claro a autoridades brasileiras envolvidas em supostas violações de direitos humanos.

“Meus amigos, o secretário Marco Rubio acabou de anunciar mais restrições e também a perda de visto de pessoas envolvidas no programa Mais Médicos. A gente está falando de fatos ocorridos há mais de 10 anos. Então, reparem que esse tipo de violação não fica esquecido”, afirmou Eduardo em vídeo publicado no X (antigo Twitter).

O parlamentar, que está em Washington para reuniões com autoridades norte-americanas, elevou o tom e fez um alerta a integrantes do governo brasileiro.

“Muito pelo contrário: se você é uma autoridade brasileira e está envolvido em qualquer tipo de violação de direitos humanos, meu conselho é: desfaça a besteira que você fez.”

Agenda em Washington

Eduardo Bolsonaro está acompanhado do influenciador Paulo Figueiredo e cumpre agenda oficial nesta quarta (13) e quinta-feira (14) com representantes do Departamento de Estado, do Departamento do Tesouro e assessores da Casa Branca.
Os encontros devem abordar:

  • Cenário no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional sobre as investigações do 8 de Janeiro;

  • Reações às sanções recentes contra o Brasil;

  • Pesquisas de opinião sobre a percepção pública e a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.

Quem foi alvo das novas sanções

As medidas anunciadas pelo chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, atingem Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que atuaram no Ministério da Saúde durante a execução do Mais Médicos.
Segundo o Departamento de Estado, eles teriam sido cúmplices de um esquema coercitivo para exportação de mão de obra médica cubana, caracterizado como trabalho forçado.

De acordo com os EUA, a operação:

  • Enriquecia o governo de Havana;

  • Privava o povo cubano de cuidados médicos essenciais;

  • Utilizava a Opas como intermediária para contratar médicos cubanos, driblando exigências constitucionais brasileiras e sanções impostas a Cuba.

Contexto do Mais Médicos

O Mais Médicos foi criado no governo Dilma Rousseff (PT) para suprir a carência de profissionais em regiões remotas do Brasil. Uma parte significativa dos contratados era composta por médicos cubanos, enviados por meio de acordos com o regime de Havana.
Segundo as acusações de Washington, parte dos salários era retida pelo governo cubano, o que configuraria exploração trabalhista.


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