Política / Articulações
Articulações para 2026 avançam em MS; três blocos devem dominar cenário e PT oficializa oposição a Riedel
Definições de chapas majoritárias e proporcionais devem ganhar corpo até setembro; movimentações envolvem alianças improváveis e novas siglas ligadas à família Bolsonaro
12/08/2025
07:40
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O cenário político de Mato Grosso do Sul para as eleições de 2026 começa a ganhar contornos mais definidos, com articulações aceleradas para a formação de chapas majoritárias e proporcionais. A expectativa é que, até o fim de setembro, os principais grupos políticos já tenham delineado suas alianças para a disputa pelo Governo do Estado e pelas duas vagas ao Senado.
Segundo lideranças, pelo menos três blocos devem concentrar cerca de 80% das candidaturas competitivas, divididos em eixos de esquerda, centro e direita.
Grupo de centro: já conta com PL, PP, PSDB e PSD, além da possibilidade de adesão dos Republicanos.
Grupo de esquerda: formado por PT, PSB, PCdoB e PDT, com alinhamento em torno da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Terceiro grupo: pode reunir dissidentes do PL, com abrigo em partidos como PRTB, Novo e, eventualmente, Republicanos.
O MDB ainda não definiu posição. O partido mantém interlocução tanto com setores da centro-direita quanto com a esquerda, e seu posicionamento pode ser decisivo no xadrez eleitoral.
Uma das novidades na Assembleia Legislativa será a formalização do PT (Gleice Jane, Zeca do PT e Pedro Kemp) como oposição ao governo Eduardo Riedel (PSDB). A movimentação inclui uma possível aliança pontual com o deputado João Henrique Catan (PL), ligado ao bolsonarismo. O rompimento oficial com a base governista deve ocorrer após o retorno de Riedel de viagem ao exterior.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), segue afirmando que não pretende mudar seu domicílio eleitoral, mas é citada como possível candidata ao Senado por São Paulo ou até à vice-presidência da República em 2026. Caso esses cenários não se concretizem, ela poderia disputar o Senado por Mato Grosso do Sul como candidata independente, contando com apoio direto do presidente Lula.
O deputado estadual Paulo Duarte (PSB) enfrenta um impasse. O partido, liderado nacionalmente pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, deve apoiar a reeleição de Lula e a chapa de esquerda no estado. Duarte, no entanto, deseja apoiar Riedel, o que poderia forçá-lo a trocar de legenda para manter seu alinhamento político.
O deputado Lucas Lima (PL) pode encerrar 2025 fora do mandato. Ele acumula processos e recentemente sofreu mais uma derrota judicial na tentativa de retornar ao PDT e reverter um julgamento por infidelidade partidária — motivado por sua saída da sigla para se filiar ao PL.
Uma nova articulação para criar um partido comandado pela família Bolsonaro está em andamento e já movimenta a ala bolsonarista do PL sul-mato-grossense. A legenda seria uma alternativa para o grupo que resiste à possibilidade de receber o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como líder interno.
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