Concursos Públicos
Segunda edição do Concurso Nacional Unificado registra mais de 250 mil inscritos em cotas
Negros representam 27,7% das inscrições; CPNU 2 é o primeiro a aplicar integralmente a nova Lei de Cotas
02/08/2025
07:15
SECOM
DA REDAÇÃO
O amplo interesse de pessoas negras demonstra um impacto na democratização do acesso ao serviço público promovida pelo modelo inovador do CPNU - Foto: Divulgação/MGI
A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) recebeu 252.596 inscrições homologadas nas cotas, com destaque para a participação de 210.882 pessoas negras — o equivalente a 27,7% dos mais de 760 mil inscritos em todo o país. O percentual é superior ao registrado na primeira edição (20%) e evidencia o avanço da inclusão no acesso ao serviço público federal.
Coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o CPNU 2 é o primeiro a aplicar integralmente a Lei nº 15.142/2025, que ampliou a reserva de vagas para 30% — sendo 25% para negros, 3% para indígenas e 2% para quilombolas.
“O objetivo é corrigir desigualdades históricas no acesso ao serviço público, garantindo representatividade ao final do processo seletivo”, afirmou Cristina Mori, secretária-executiva do MGI.
Negros: 210.882 inscrições (27,7%). Maior concentração no Bloco 9 – Regulação (51.515), seguido de Administração (47.609) e Seguridade Social (34.351).
Indígenas: 6.657 inscrições (0,87%). Maior número no Bloco 9 – Regulação (Intermediário) (1.567).
Quilombolas: 5.004 inscrições (0,66%). Maior número no Bloco 9 – Regulação (Intermediário) (1.221).
PcDs: 30.053 inscrições (3,9%), com destaque para o Bloco 5 – Administração (7.819).
No total, negros, indígenas e quilombolas representam 29,23% das inscrições.
As mulheres representam 60% das inscrições confirmadas. O edital prevê critério de equiparação de gênero na etapa discursiva, garantindo pelo menos 50% de classificadas, sempre que houver desempenho compatível. Há também condições especiais para gestantes e lactantes, como tempo adicional para amamentação.
O CPNU permite que cada candidato escolha um bloco temático e defina a ordem de preferência entre cargos e órgãos. A classificação final será definida pela soma das notas das provas objetiva e discursiva, mais análise de títulos, com aplicação dos critérios de cotas e ampla concorrência.
O concurso oferece vagas em 32 órgãos federais, com provas aplicadas em 228 cidades de todos os estados e do Distrito Federal, abrangendo 4.951 municípios de origem dos candidatos.
Provas objetivas: 5 de outubro de 2025
Provas discursivas: 7 de dezembro de 2025
Resultado final: janeiro de 2026
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