Meio Ambiente / Urbanismo
Deputado Paulo Duarte alerta para riscos da verticalização na área do Parque do Prosa em Campo Grande
Parlamentar defende criação de lei para uso sustentável da reserva ecológica e denuncia impacto de empreendimentos com até 30 andares
05/06/2025
12:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para fazer um alerta sobre o avanço desordenado da urbanização nas imediações do Parque do Prosa e do Parque dos Poderes, em Campo Grande (MS). Integrante da Comissão de Meio Ambiente da Casa, Duarte classificou como “irracional e perigoso” o processo de verticalização previsto para a região.
“A perspectiva é de construir prédios de quase 30 andares em plena zona de amortecimento da reserva. Isso vai acabar com o Parque do Prosa. É uma irresponsabilidade com o nosso meio ambiente”, declarou.
Segundo dados apresentados pelo parlamentar, os projetos imobiliários em andamento ou aprovados para a zona de amortecimento da reserva somam:
5.447 unidades habitacionais
537 unidades comerciais
7.500 vagas de estacionamento
“Tudo isso em uma área que abriga várias nascentes, muitas já degradadas. A impermeabilização do solo vai destruir a fauna e flora. Estamos selando o fim de uma reserva única no país”, alertou Duarte.
Para o deputado, a ausência de uma legislação específica que estabeleça critérios para o uso sustentável da área é a principal fragilidade hoje. Ele informou que encaminhará indicação ao Governo do Estado e ao Imasul para a elaboração urgente de um projeto de lei que regulamente o uso da reserva e sua zona de amortecimento.
“Não sou contra o desenvolvimento. Mas em qualquer parte do mundo há regras claras para construções em áreas sensíveis. Precisamos de uma lei que traga ordem e equilíbrio entre crescimento urbano e proteção ambiental”, disse.
Duarte relembrou que o Parque do Prosa foi idealizado pelo ex-governador Pedro Pedrossian, considerado visionário por instalar a sede administrativa do governo no local e, posteriormente, transformá-lo em reserva ecológica por decreto. A área é considerada única no país, por integrar sede de governo e proteção ambiental no mesmo espaço urbano.
Além do impacto ambiental, o parlamentar chamou atenção para a falta de planejamento urbano equilibrado, afirmando que “Campo Grande tem inúmeros vazios urbanos que poderiam ser ocupados” em vez de concentrar crescimento no entorno de áreas sensíveis.
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