Campo Grande (MS), Terça-feira, 28 de Outubro de 2025

Política / Justiça

TSE marca julgamento que pode definir o futuro político do deputado Lucas de Lima

Corte Eleitoral analisará nesta terça-feira (28) o recurso sobre desfiliação partidária do parlamentar sul-mato-grossense

28/10/2025

07:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para esta terça-feira (28), às 19h (horário de Brasília), a sessão presencial que pode decidir o futuro do deputado estadual Lucas de Lima (sem partido). O julgamento analisará o agravo regimental apresentado pelo parlamentar contra decisão que rejeitou sua saída por justa causa do PDT. O caso está sob relatoria do ministro Antônio Carlos Ferreira e será apreciado em sessão plenária ordinária.

A ação discute se houve discriminação política ou pessoal que justificasse a desfiliação de Lucas de Lima sem perda de mandato. Caso o plenário do TSE mantenha o entendimento do relator — de que não houve perseguição ou grave quebra de confiança — o deputado poderá perder o mandato por infidelidade partidária.

“O processo é decisivo e tem repercussão direta na composição da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul”, avaliam interlocutores políticos da Casa.

Entenda o caso

Eleito em 2022 pelo PDT, Lucas de Lima se desfiliou alegando perseguição interna e mudanças no programa partidário. Em primeira instância, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) acatou a tese e reconheceu a justa causa para a saída.

Em fevereiro de 2025, o parlamentar se filiou ao PL, mas o PDT recorreu ao TSE. O ministro Antônio Carlos Ferreira, relator do processo, anulou a desfiliação e determinou o retorno de Lucas ao partido, decisão que o deputado tenta reverter agora por meio do agravo regimental.

O processo chegou a entrar em julgamento virtual em junho, porém foi interrompido após pedido de vista do ministro André Mendonça. Até o momento, o único voto registrado é o do relator, que se manteve contrário ao parlamentar.

Disputa pela vaga

A suplente Gláucia Iunes (PDT) acompanha de perto o caso e ingressou com ação paralela pedindo a cassação do mandato de Lucas de Lima, alegando que a troca de legenda — do PDT para o PL — ocorreu sem amparo legal.

Ela sustenta que a mudança fere a regra da fidelidade partidária, segundo a qual o mandato pertence ao partido e não ao eleito, e defende que o parlamentar retorne às fileiras do PDT ou perca o cargo.


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal do Estado MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: