Campo Grande (MS), Domingo, 01 de Junho de 2025

Saúde Pública

Lula lança programa ‘Agora Tem Especialistas’ com mutirões, telessaúde e parceria com setor privado para reduzir filas no SUS

Iniciativa busca atendimento mais rápido e eficiente em especialidades como cardiologia, oftalmologia e oncologia, com até 1,2 milhão de beneficiados por mês

30/05/2025

15:00

DA REDAÇÃO

O presidente Lula durante o lançamento da iniciativa: "O povo tem pressa, a periferia tem pressa e as pessoas das cidades menores têm pressa" ©Ricardo Stuckert / PR

Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente o programa Agora Tem Especialistas, uma ampla iniciativa do Governo Federal voltada à ampliação do acesso da população brasileira a consultas, exames e cirurgias especializadas por meio do SUS.

A estratégia prevê a mobilização total da estrutura de saúde do país — pública e privada — para enfrentar gargalos históricos no atendimento especializado, agravados durante a pandemia de Covid-19. O programa será desenvolvido em parceria com estados e municípios e contará com credenciamento de clínicas, hospitais filantrópicos e privados, extensão de turnos, mutirões nacionais, uso de telessaúde e até 150 carretas móveis com estrutura para exames e pequenas cirurgias em regiões desassistidas.

“A doença não espera. Não é possível brincar com a sorte das pessoas. Muita gente ainda morre no Brasil por falta de atendimento especializado. Minha obsessão é fazer com que esse programa chegue às pessoas que mais precisam”, afirmou Lula.

Ações e estratégias do Agora Tem Especialistas:

  • Atendimento especializado em cardiologia, oncologia, ginecologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia

  • Uso da rede privada e filantrópica como contrapartida de dívidas com a União

  • Implantação de mutirões para ampliar turnos em policlínicas, ambulatórios e salas cirúrgicas

  • Fortalecimento da telessaúde, com edital para telediagnóstico, teleconsultoria e laudos à distância

  • Criação do Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer, integrando serviços como telepatologia e telelaudos

  • Aquisição de 121 aceleradores lineares até 2026, ampliando a rede oncológica do SUS

  • Unidades móveis equipadas com mamografia, raio-x, tomografia e atendimento para caminhoneiros e indígenas

  • Distribuição de 6.300 veículos para transporte de pacientes

  • Envio de mensagens por WhatsApp e SMS para informar usuários sobre agendamentos

Destaques e impactos esperados

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a expectativa é beneficiar 1,2 milhão de pacientes por mês com os serviços complementares. Ele lembrou que o acesso a especialistas é um dos maiores desafios da saúde pública global, agravado pelo déficit de médicos no interior do país e concentração dos especialistas na rede privada.

“Esse é um problema que não é só do Brasil, mas do mundo. E que se agravou com a pandemia. Com essa mobilização, vamos reduzir o tempo de espera para cirurgias e consultas que hoje demoram meses ou até anos”, disse Padilha.

De acordo com o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), cerca de 370 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência de doenças não transmissíveis associadas ao atraso nos diagnósticos.

Consolidação do atendimento oncológico no SUS

Com o novo programa, o Ministério da Saúde também avança na consolidação do cuidado oncológico. A meta é transformar o SUS na maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer da América Latina. O Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer permitirá a emissão de 1.000 laudos por dia, com apoio do INCA e do A.C. Camargo Cancer Center.

Governança e integração

A governança do programa será compartilhada com especialistas, gestores e usuários do SUS, e contará com a ampliação de 3.500 vagas para profissionais especializados, incluindo 500 para o Mais Médicos Especialistas.

Participaram do evento, remotamente, ministros como Gleisi Hoffmann, Anielle Franco, Geraldo Alckmin e Wellington Dias, além de gestores que acompanhavam entregas em cinco cidades, como aceleradores para hospitais oncológicos.


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