Polícia / Justiça
TJMS suspende nova perícia e mantém celulares do caso Vanessa com o Gaeco
Desembargadora Elizabete Anache acata pedido do MP e impede reprocessamento das provas eletrônicas no caso que envolve feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte
26/05/2025
08:15
CGN
DA REDAÇÃO
Caio César Nascimento Pereira sendo conduzido para audiência no dia 09 de maio (Foto: Osmar Veiga)
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) suspendeu a decisão de primeira instância que determinava a realização de uma nova perícia nos dispositivos eletrônicos apreendidos no caso do assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, morta no dia 12 de fevereiro deste ano. O principal acusado é o ex-noivo da vítima, Caio César Nascimento Pereira, que responde por feminicídio e está preso na Gameleira II, em Campo Grande.
A medida foi tomada pela desembargadora Elizabete Anache, relatora do caso, atendendo a um mandado de segurança protocolado pelo procurador-geral de Justiça Romão Avila Milhan Junior, em conjunto com os promotores responsáveis pelo processo. A ação contestava a decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, que havia autorizado o reprocessamento das provas pelo Instituto de Criminalística.
Com a nova decisão, os celulares e mídias eletrônicas devem permanecer sob a guarda do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), enquanto o Ministério Público apresenta a cadeia de custódia das provas no processo de 1ª instância, como já havia sido determinado anteriormente pelo magistrado.
A relatora também solicitou que o juiz Garcete informe, em até 10 dias, a data em que o processo passou a tramitar em segredo de justiça e posteriormente em sigilo externo. Além disso, determinou que o acusado, Caio César, seja formalmente citado para se manifestar sobre a nova ação apresentada pelo Ministério Público.
O caso de Vanessa Ricarte teve grande repercussão na sociedade sul-mato-grossense e nacional, reacendendo os debates sobre violência doméstica e feminicídio. A jornalista foi morta em fevereiro, e desde então, testemunhas já foram ouvidas, mas o acusado ainda não foi interrogado.
A próxima etapa do processo é a decisão do juiz sobre a pronúncia de Caio César, o que poderá levá-lo a julgamento pelo Tribunal do Júri. O caso segue em segredo de justiça, mas envolve a atuação direta de órgãos especializados como o Gaeco e a Promotoria de Justiça de Campo Grande.
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