Política / Partido
Riedel e Reinaldo preparam saída do PSDB para compor aliança estratégica com PP e PL em MS
Movimento estratégico mira reeleição do governador e fortalecimento da direita em MS, com aval de Tereza Cristina e articulação com Bolsonaro
15/05/2025
08:00
INVESTIGAMS
DA REDAÇÃO
‘Chapa dos sonhos’ deve levar Riedel para o PP e Reinaldo Azambuja para o PL
A cúpula tucana em Mato Grosso do Sul já projeta uma reconfiguração política de peso. O governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) devem deixar o PSDB para se filiar, respectivamente, ao PP (Progressistas) e ao PL (Partido Liberal). O movimento é tratado como essencial para consolidar uma “chapa dos sonhos” da direita no Estado, mirando a reeleição de Riedel em 2026 e a eleição de Reinaldo ao Senado.
A articulação passa diretamente por dois dos principais nomes da política nacional: a senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente nacional do PP, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que hoje coordena o PL. Ambos já teriam sinalizado apoio à reconfiguração.
O plano tucano busca garantir que nenhum adversário competitivo da base de Jair Bolsonaro dispute contra Riedel, evitando um cenário de fragmentação da direita. Nesse contexto, Riedel deve se alinhar ao PP de Tereza Cristina, madrinha política de sua campanha ao governo, enquanto Reinaldo pode assumir protagonismo no PL, caso haja garantias de autonomia dentro da sigla.
“Um rompimento com Tereza Cristina poderia trazer prejuízos graves à chapa. E deixar o PL solto poderia resultar em um candidato bolsonarista contra Riedel”, avalia fonte próxima à cúpula tucana.
Embora a filiação ao PL esteja descartada para Riedel, por conta de sua postura mais moderada e proximidade com Simone Tebet (MDB) e o governo Lula, o governador também recebeu convite do PSD de Gilberto Kassab, que lhe ofereceu “um partido para chamar de seu”. A decisão deve ser tomada nas próximas semanas, com tendência clara de ida ao PP, que lhe daria base ampla e afinada com sua governabilidade.
Já Reinaldo Azambuja, que tem mais liberdade para se afastar do governo federal e fazer oposição a Lula, busca garantias de que poderá comandar o PL com independência. Ele deve se reunir na próxima quarta-feira (21) com Waldemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, e com o senador Rogério Marinho, para definir as condições de sua filiação.
“Não faz sentido deixar o PSDB, onde comanda, para entrar no PL e ser mandado”, avaliam aliados. Segundo eles, Reinaldo quer autonomia para liderar o partido no Estado e garantir as duas vagas ao Senado em 2026 para a direita.
Nas eleições passadas, Bolsonaro pediu a Reinaldo que liderasse o PL no Estado, prometendo não lançar candidato contra o grupo tucano. A promessa incluía, inclusive, vetar nomes como Tereza Cristina e Beto Pereira em disputas majoritárias. Agora, Reinaldo retribui a confiança e já iniciou conversas com lideranças do PL local, sinalizando sua disposição em cumprir o acordo.
Mesmo sem filiação confirmada, Reinaldo já trabalha nos bastidores como articulador do PL, indicando que, mesmo que não entre oficialmente no partido, atuará como seu condutor político em Mato Grosso do Sul.
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