Brasil / Política
“No segundo turno todos se encontram”, diz Kassab sobre divisão da direita em 2026
Presidente do PSD avalia que ausência de Tarcísio na disputa presidencial pode ampliar número de candidatos no campo da centro-direita
02/05/2025
10:15
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira (1º) que não vê problemas na pulverização de candidaturas da centro-direita nas eleições presidenciais de 2026, caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não entre na disputa. Segundo ele, mesmo com uma eventual divisão no primeiro turno, “no segundo turno todos se encontram”.
A declaração foi dada durante visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a maior feira agrícola do país, que desde o último domingo (27) já recebeu cinco governadores. Tarcísio, presente no evento, anunciou um pacote de investimentos de R$ 600 milhões voltados ao agronegócio.
“O que percebo é que o governador Tarcísio está disposto a continuar seu trabalho em São Paulo. Se ele fosse candidato, acredito que a centro-direita não lançaria ninguém. Mas ele não sendo, há movimentação de todos os partidos desse campo para lançar seus próprios candidatos”, declarou Kassab.
Com a ausência de Tarcísio, Kassab acredita que a direita poderá lançar vários nomes ao Planalto. Ele citou o governador do Paraná, Ratinho Junior, já considerado pré-candidato pelo PSD, e disse torcer pela filiação de Eduardo Leite (PSDB) ao partido. Ambos, segundo ele, teriam “condições de se apresentar ao Brasil inteiro”.
“O PSD tem o governador Ratinho, Eduardo Leite pode estar chegando, o MDB deve lançar candidato, o PL também, Zema e Caiado estão se posicionando. Então, teremos muitos nomes no primeiro turno caso Tarcísio não concorra”, avaliou Kassab.
Apesar de o PSD manter cargos no governo Lula, como nos ministérios da Agricultura, Minas e Energia e da Pesca, Kassab tem feito declarações de distanciamento. Em janeiro, disse que Lula perderia se a eleição fosse naquele momento.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, também tem defendido que a direita mantenha unidade em um eventual segundo turno. Em abril, afirmou que não fará ataques públicos a outros candidatos do mesmo campo político.
Além de Tarcísio, a Agrishow recebeu os governadores Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), que na Expozebu, no último sábado (26), fizeram críticas ao MST e ao PT, e defenderam união da direita em 2026.
Também estiveram presentes na feira os governadores Ratinho Junior (PSD), do Paraná, e Helder Barbalho (MDB), do Pará. Tarcísio, ao ser questionado sobre o tom político das visitas, respondeu que o objetivo era demonstrar "apreço pelo agronegócio".
“Não tem nada a ver com campanha. Significa que alguns governadores têm apreço pelo agro. A gente gosta e sabe da importância desse setor para o país”, disse.
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