Política / Manifestação
Bolsonaro endossa críticas de Malafaia a generais e diz que fala do pastor contém "verdades"
Ex-presidente afirma ter se sentido "triste" com declarações, mas concorda com críticas ao Alto Comando do Exército
07/04/2025
19:15
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta segunda-feira (7), em entrevista à revista Oeste, que concorda com as críticas feitas pelo pastor Silas Malafaia durante a manifestação realizada no domingo (6), na Avenida Paulista. Malafaia chamou os generais de quatro estrelas do Exército de "frouxos, covardes e omissos", afirmando que não honram a farda que vestem.
“Fiquei muito triste não com o Malafaia, mas com as verdades que ele falou. Realmente é revoltante a gente ouvir isso daí”, declarou Bolsonaro.
Apesar do tom agressivo do discurso, o líder evangélico negou defender qualquer tipo de golpe de Estado e alegou que apenas expressava sua indignação diante da atual conjuntura político-institucional.
O ex-mandatário afirmou que não repetiria as palavras do pastor por ainda considerar-se “capitão do Exército”, mas deixou claro seu alinhamento com o conteúdo da fala. Bolsonaro também criticou a prisão de seu ex-ministro e companheiro de chapa em 2022, o general Walter Braga Netto, e voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que “há uma pessoa no Brasil que pega uma caneta e te bota na cadeia”.
Antes do ato na Paulista, Bolsonaro se reuniu com sete governadores de diferentes regiões do país, entre eles Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Júnior (PR) e Ronaldo Caiado (GO) — todos cotados como possíveis presidenciáveis para 2026.
“Se cada partido tiver um candidato, sem problema. No segundo turno a gente vê com quem se alia”, disse Bolsonaro.
Ele ressaltou que não pretende criticar possíveis concorrentes dentro do próprio campo político e afirmou que vai registrar candidatura em 2026, apesar de estar inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral.
Bolsonaro também é réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de liderar uma trama golpista após ser derrotado nas eleições de 2022. A manifestação do último domingo foi considerada por aliados como um gesto de reafirmação política e tentativa de reconstrução da base conservadora em torno do ex-presidente, que segue com forte influência entre líderes evangélicos e parte do eleitorado de direita.
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