Campo Grande (MS), Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA

Deputado Pedro Kemp propõe aplicativo para consulta de antecedentes criminais de agressores

Projeto de Lei busca facilitar o acesso de mulheres a informações sobre potenciais riscos em relacionamentos

18/02/2025

07:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS) protocolou um Projeto de Lei e uma indicação ao governo estadual para a criação de um aplicativo que permita às mulheres consultar antecedentes criminais de possíveis agressores. A medida visa facilitar o acesso à informação e prevenir casos de violência doméstica e feminicídio em Mato Grosso do Sul.

A proposta do aplicativo

A iniciativa prevê que entidades de defesa, assistência e proteção à mulher tenham acesso facilitado aos dados criminais de indivíduos com histórico de violência, possibilitando que as mulheres consultem essas informações antes de iniciar um relacionamento.

📢 "Mato Grosso do Sul deverá fazer uma ampla divulgação através de campanhas publicitárias para que as mulheres consultem o histórico criminal e conheçam o aplicativo", explica Kemp.

O projeto também propõe um guia pedagógico dentro do aplicativo para alertar sobre comportamentos de risco, como:
✔️ Controle excessivo dos passos da mulher
✔️ Ciúmes excessivos
✔️ Isolamento da parceira de amigos e familiares
✔️ Chantagem e manipulação emocional

Indicação ao governo para implementação rápida

Além do Projeto de Lei, Kemp enviou indicação oficial às secretarias de Justiça e Segurança Pública e da Cidadania para viabilizar a criação da ferramenta. O objetivo é estruturar um sistema simples e funcional que centralize as informações de proteção e prevenção à violência contra a mulher.

📢 "Precisamos usar a tecnologia associada às políticas públicas para facilitar a quebra do ciclo de violência", destaca o parlamentar.

Cenário alarmante da violência contra a mulher em MS

📌 Mato Grosso do Sul está entre os estados com maior índice de feminicídios no Brasil
🔺 51 mulheres foram assassinadas no estado em 2023
🔺 30 desses casos foram classificados como feminicídio
🔺 Proporção de 58,8%, a segunda maior do país, atrás apenas do Acre (66,7%)

O caso recente da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada no dia 12 de fevereiro, reforçou a necessidade de um acesso mais ágil às informações de segurança para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Aplicativos semelhantes já funcionam em outros estados

Ferramentas como essa já são utilizadas em São Paulo, Acre, Paraíba e Minas Gerais, garantindo acesso facilitado a meios de combate e prevenção ao feminicídio. O modelo centraliza dados essenciais, permitindo alertas preventivos e suporte imediato a mulheres em risco.

Com o projeto tramitando na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a expectativa é que a proposta avance rapidamente para votação.


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