SAÚDE
Casos de hepatite A aumentam em Campo Grande e Sesau reforça orientação sobre prevenção
Entre julho e agosto, 9 casos foram confirmados e 3 estão em investigação; maior ocorrência é em adultos jovens.
29/09/2024
11:25
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) emitiu um alerta preocupante sobre o aumento dos casos de hepatite A em Campo Grande. De julho a agosto de 2024, foram confirmados 9 novos casos, e 3 estão em investigação. O aumento é significativo, considerando que desde a instituição da vacina contra o vírus da hepatite A (HAV) em 2014, o número de casos mantinha-se relativamente estável. A última vez que a capital registrou casos notáveis foi em 2018, quando apenas três foram notificados.
De acordo com a Sesau, a maior parte dos novos casos confirmados foi observada em adultos jovens, com idades entre 20 e 29 anos, predominando entre homens. Este perfil contrasta com os dados anteriores, em que a faixa etária mais afetada costumava ser entre cinco e nove anos, quando as crianças estão mais expostas a fatores de risco, como ambientes escolares.
Desde 2015, no entanto, houve uma mudança de padrão, com o aumento de casos entre jovens de 20 a 34 anos e uma diminuição entre as outras faixas etárias. Agora, em 2024, o aumento de casos na população adulta está novamente acendendo um alerta entre as autoridades de saúde.
A hepatite A é uma doença viral causada pelo vírus A, e sua transmissão ocorre principalmente por meio do contato fecal-oral. Isso pode acontecer devido à ingestão de alimentos ou água contaminados, além de práticas inadequadas de higiene pessoal. Condições de saneamento básico insuficiente também aumentam o risco de propagação do vírus.
Os sintomas costumam aparecer entre 15 e 50 dias após a exposição ao vírus, e embora a maioria dos infectados se recupere em até dois meses, os sintomas podem ser debilitantes. Entre os mais comuns estão:
Em muitos casos, a infecção pode ser assintomática, especialmente em crianças, o que facilita a transmissão inadvertida do vírus para outras pessoas.
Desde a introdução da vacina contra hepatite A no calendário de vacinação em 2014, as autoridades de saúde vêm promovendo a imunização como a principal ferramenta de prevenção contra a doença. A vacina é oferecida gratuitamente nas unidades de saúde para crianças a partir de 15 meses e pode ser administrada em outras faixas etárias em casos de risco. A imunização reduz significativamente o risco de contaminação e propagação do vírus.
Além da vacinação, a higiene pessoal é fundamental para prevenir a hepatite A. Lavar as mãos com frequência, especialmente após usar o banheiro e antes de preparar alimentos, é uma das medidas mais eficazes. Da mesma forma, o tratamento adequado da água e o acesso a saneamento básico são cruciais para reduzir a disseminação do vírus.
A Sesau reforça a importância de se manter vigilante quanto à higiene pessoal e alimentar, especialmente em locais onde o saneamento básico é precário. A secretaria também está monitorando de perto os novos casos e investigando possíveis fontes de contaminação.
Além disso, as autoridades de saúde recomendam que, em caso de sintomas compatíveis com hepatite A, as pessoas procurem imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. A hidratação é essencial para a recuperação, e em casos mais graves, pode ser necessário acompanhamento hospitalar.
A Sesau está intensificando as campanhas de conscientização e a oferta de vacinas nas unidades de saúde da cidade, especialmente nas regiões com maiores índices de vulnerabilidade social.
A falta de saneamento básico adequado é um dos principais fatores que favorecem a disseminação da hepatite A. Em Campo Grande, áreas com infraestrutura de saneamento insuficiente tendem a apresentar maior incidência de casos, principalmente em épocas de chuva, quando o escoamento inadequado de águas pluviais pode aumentar a contaminação do solo e dos alimentos.
O aumento recente dos casos alerta para a necessidade de investimentos contínuos em saneamento e educação sobre higiene, como medidas de longo prazo para prevenir surtos de doenças transmitidas por vias fecal-orais, como a hepatite A.
#jornaldoestadoms
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