Campo Grande (MS), Sexta-feira, 07 de Fevereiro de 2025

PROTESTO

Policiais civis realizam carreata em frente à Governadoria por reajuste salarial em MS

Categoria pede melhores condições de trabalho e ameaça greve caso proposta não seja aceita

19/09/2024

18:10

CGN

DA REDAÇÃO

Policiais paralisados durante carretana nesta quinta-feira (19) (Foto: Paulo Francis)

Os policiais civis de Mato Grosso do Sul, que paralisaram suas atividades por 24 horas nesta quinta-feira (19), fizeram uma carreata pelo Parque dos Poderes em Campo Grande, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A manifestação incluiu um "buzinaço" em frente à Governadoria, à Delegacia Geral da Polícia Civil e à Assembleia Legislativa.

Com participação de cerca de 100 veículos, incluindo carros particulares e dos sindicatos, o ato foi liderado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol). O presidente do sindicato, Alexandre Barbosa da Silva, destacou a insatisfação da categoria com a forma como o governo tem tratado os policiais. "É uma forma de externarmos nossa insatisfação", disse.

Apesar da paralisação, serviços emergenciais como prisões em flagrante, medidas protetivas e demandas da Lei Maria da Penha continuam funcionando, além de casos envolvendo crianças, adolescentes e oitivas, garantiu o presidente do Sinpol.

Movimento nas delegacias

Durante a tarde, a movimentação foi reduzida nas delegacias devido à carreata. Na Depac Centro, o movimento era tímido, com uma tenda montada para os policiais. Já na 2ª Delegacia de Polícia (DP), não houve movimento, e um aviso na porta informava sobre a paralisação, com apenas um recepcionista no local.

Reivindicações dos policiais

Entre as principais demandas dos policiais estão:

  • Reajuste salarial para que o salário da categoria atinja a sexta posição no ranking nacional;
  • Aumento do auxílio-alimentação de R$ 400 para R$ 800;
  • Auxílio-saúde equivalente ao dos delegados;
  • Remuneração por hora extra e adicional de fronteira.

Propostas do governo

O Governo do Estado apresentou duas propostas para tentar encerrar as manifestações. A primeira oferta inclui a incorporação do auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a R$ 1.200 dependendo da posição do policial na carreira, além de um abono de R$ 130 para compensar os descontos na folha de pagamento. Essa medida beneficiaria cerca de 3.200 policiais, incluindo aposentados e pensionistas.

A segunda proposta visa encurtar a progressão na carreira, eliminando a fase inicial com a menor remuneração, o que aumentaria o piso salarial dos policiais de R$ 5,7 mil para R$ 6,3 mil, impactando entre 300 e 400 policiais.

Caso a categoria rejeite as propostas na próxima reunião, marcada para o sábado, o Sinpol já sinalizou a possibilidade de uma greve.


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