POLÍTICA
Claudinho apresenta atestado psiquiátrico de 30 dias e entra na fila do INSS
Após 120 dias de licença por "abalo psicológico", vereador permanece afastado e será remunerado pelo INSS
13/09/2024
09:51
CGN
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O vereador Claudinho Serra (PSDB) protocolou, na manhã desta sexta-feira (13), um novo atestado médico psiquiátrico que o afasta de suas funções na Câmara Municipal de Campo Grande por mais 30 dias. O afastamento ocorre após o parlamentar ter ficado 120 dias de licença devido a problemas psicológicos relatados após seu período na prisão. Claudinho foi preso por 23 dias durante a Operação Tromper, em abril deste ano, que investiga um esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia.
O atestado apresentado por Claudinho, cujo CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças) não foi divulgado, prolonga sua ausência e garante que o suplente Gian Sandim (PSDB) continue ocupando sua vaga. Segundo informações, a decisão de afastamento por mais 30 dias se baseia no quadro psicológico do vereador, que teria se agravado após presenciar a morte de um companheiro de cela durante seu tempo no presídio.
Claudinho foi preso no dia 3 de abril de 2024, como parte da 3ª fase da Operação Tromper, que desmantelou um esquema de corrupção por meio de fraudes em licitações. Além de Claudinho, o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, conhecido como "Frescura", foram apontados como líderes do esquema. As denúncias incluem crimes como fraude em licitações, peculato, associação criminosa e corrupção passiva.
Durante seu tempo na prisão, Claudinho compartilhou cela com o ex-policial militar José Roberto de Souza, que foi preso por assassinar um empresário dentro do Procon. Souza passou mal e morreu de complicações cardíacas no Centro de Triagem Anísio Lima, evento que o vereador relatou como extremamente perturbador, justificando seu atual quadro de saúde.
Com o novo atestado, o pagamento do salário de Claudinho será transferido para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), uma vez que o afastamento ultrapassa os 15 dias. O cálculo do benefício previdenciário será feito com base em 91% da média de 80% de seus maiores salários de contribuição, incluindo os valores acumulados em cargos comissionados e outros vínculos públicos.
Com o novo afastamento de 30 dias, Claudinho mantém-se distante das atividades legislativas, e o processo investigativo sobre sua participação no esquema de corrupção continua. O vereador ainda não fez aparições públicas após o fim de sua licença anterior, deixando em aberto quais serão os próximos passos em sua carreira política.
O caso segue sob investigação pelas autoridades competentes, com acompanhamento da 3ª promotoria de Sidrolândia e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), que ainda apura a profundidade do esquema de desvio de verbas públicas na Prefeitura de Sidrolândia.
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