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CBF renova Mandato de Estevão Petrallas à frente da FFMS por mais 90 Dias
Contrato de presidente interino foi validado por mais 90 dias
24/08/2024
17:55
FRANCISCO BRITTO
©DIVULGAÇÃO
Uma portaria publicada neste sábado (24), assinada pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues Gomes, prorrogou por mais 90 dias o mandato de Estevão Petrallas à frente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), substituindo Francisco Cezário. A renovação do mandato entra em vigor na próxima segunda-feira (26) e se estenderá até 23 de novembro de 2024.
A decisão foi tomada um dia antes do prazo limite para que Petrallas deixasse o cargo interino, que ocupa desde 25 de maio, com o mandato original previsto para terminar em 25 de agosto.
Petrallas assumiu a presidência da Federação após a prisão de Francisco Cezário de Oliveira, no dia 21 de maio, em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que investiga um esquema de desvio de dinheiro dentro da entidade.
De acordo com informações do Gaeco, o grupo liderado por Cezário realizava saques frequentes de até R$ 5 mil, para evitar chamar a atenção dos órgãos de controle. Entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, foram identificados desvios que ultrapassam R$ 6 milhões.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos mais de R$ 800 mil, incluindo quantias em dólares. Armas de fogo e munições também foram encontradas. Os valores desviados eram distribuídos entre os integrantes da organização criminosa, que também mantinham um esquema envolvendo outras empresas, que recebiam altas quantias da federação e devolviam parte dos valores de forma ilícita ao grupo.
Além disso, a organização criminosa desviava recursos destinados ao pagamento de diárias em hotéis, custeados pelo Estado de Mato Grosso do Sul, para jogos do Campeonato Estadual de Futebol.
A operação, denominada "Cartão Vermelho", teve equipes do Gaeco cumprindo 7 mandados de prisão preventiva, além de 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. O nome da operação faz referência ao cartão utilizado por árbitros para expulsar jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.
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