A polêmica carta de Catherine Deneuve e outras 99 francesas pelo 'direito' dos homens de cantarem as mulheres. Artigo, publicado no Le Monde, vai de encontro à campanha que estimula quebra do silêncio de mulheres que foram vítimas de abuso ou assédio sexual.
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Catherine Deneuve alerta para o que chama de novo 'puritanismo' (Foto: AFP PHOTO / ANNE-CHRISTINE POUJOULAT) |
A atriz francesa Catherine Deneuve, de 74 anos, veio a público para dizer que os homens deveriam ser "livres para flertar" com as mulheres.
Ela é uma das 100 mulheres francesas signatárias de uma carta aberta, publicada na terça-feira (9) pelo jornal Le Monde, alertando para o que chamam de novo "puritanismo", diante das recentes denúncias de assédio sexual na indústria do entretenimento.
O empresário nega as denúncias de sexo sem consentimento, mas admite que seu comportamento "causou muita dor".
O que diz a carta?
A carta foi assinada por intelectuais, artistas e acadêmicas francesas, incluindo a escritora Catherine Millet e a cineasta Brigitte Sy.
"Os homens têm sido punidos sumariamente, forçados a sair de seus empregos, quando tudo o que eles fizeram foi tocar o joelho de alguém ou tentar roubar um beijo", diz o texto.
Estupro é crime, mas tentar seduzir alguém, mesmo de forma insistente ou desajeitada, não é - Tampouco o cavalheirismo é uma agressão machista."
As autoras argumentam que há um novo "puritanismo" no mundo.
Elas afirmam que, embora fosse legítimo e necessário protestar contra o abuso de poder por parte de alguns homens, as constantes denúncias perderam o controle.
Segundo elas, a onda de acusações induz à percepção de que as mulheres são impotentes e eternas vítimas.
Como mulheres, não nos reconhecemos neste feminismo que, além de denunciar o abuso de poder, incentiva um ódio aos homens e à sexualidade."
Antes da carta, Catherine Deneuve já havia se posicionado publicamente contra as campanhas realizadas nas redes sociais para denunciar casos de assédio. Segundo ela, as iniciativas envergonham os homens acusados.
Fonte: G1
Por BBC
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