Polícia / Justiça
Justiça cita “crime grave” e mantém preso homem que matou mulher com 11 facadas em Campo Grande
Gilson Castelan, de 48 anos, já era procurado por outro feminicídio cometido em 2022 no Mato Grosso
30/10/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
A Justiça de Mato Grosso do Sul converteu em prisão preventiva a detenção de Gilson Castelan de Souza, de 48 anos, acusado de matar Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, com 11 facadas na empresa onde trabalhava, no bairro Jardim Colúmbia, em Campo Grande. O crime ocorreu na noite de terça-feira (28).
Durante a audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (30), o juiz responsável destacou a gravidade do crime, os antecedentes criminais do acusado e o risco de reincidência, determinando que ele permaneça preso. Gilson alegou ter sido agredido no momento da prisão, motivo pelo qual a Justiça determinou o encaminhamento do caso à Corregedoria da Polícia Militar para apuração.
De acordo com a investigação, Luana foi atacada enquanto estava sentada em uma cadeira no pátio da empresa. O crime foi presenciado por colegas de trabalho, que tentaram intervir após os primeiros golpes. Mesmo ferida, a vítima correu por alguns metros, pedindo socorro em uma casa próxima.
“Por favor, não me deixe morrer”, teria dito à moradora, antes de cair na entrada da residência.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas a jovem não resistiu após sofrer parada cardiorrespiratória. Ela foi sepultada nesta quinta-feira (30) no Cemitério Parque de Campo Grande.
Minutos após o crime, Gilson foi preso em flagrante pela Polícia Militar, portando a faca usada no assassinato. Ele confessou o crime e alegou que agiu “por raiva”.
Gilson Castelan já era procurado desde junho de 2022, quando matou a companheira Sibelne Duroure da Guia, de 40 anos, em Várzea Grande (MT). A vítima foi encontrada morta com 13 facadas e deixou quatro filhos. O acusado fugiu após o crime e estava foragido desde então.
As semelhanças entre os casos chamaram atenção das autoridades: em ambos os crimes, as mulheres foram mortas com múltiplas facadas, em contextos de violência doméstica e motivação passional.
“Trata-se de um indivíduo com perfil violento, reincidente e com completo desprezo pela vida humana”, destacou a decisão judicial ao manter a prisão preventiva.
Durante o interrogatório, Gilson afirmou à polícia que Luana era garota de programa e que o crime teria ocorrido após uma discussão motivada pela recusa dela em permanecer no local. No entanto, essa versão não consta no boletim de ocorrência, e a Polícia Civil apura as circunstâncias reais do caso.
A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) segue investigando o feminicídio, que se soma à trágica lista de casos de violência contra mulheres em Mato Grosso do Sul, um dos estados com maior índice de feminicídios per capita do país.
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