Educação / Política
FETEMS e 74 sindicatos participam da Marcha Nacional dos Servidores Públicos em Brasília contra a Reforma Administrativa
Entidade representa Mato Grosso do Sul em mobilização que reuniu milhares de trabalhadores e reforçou a defesa dos direitos e da educação pública brasileira
29/10/2025
09:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), acompanhada de seus 74 sindicatos filiados, marcou presença na Marcha Nacional dos Servidores Públicos, realizada nesta quarta-feira (29), em Brasília (DF). O ato, convocado pela CUT e demais centrais sindicais, reuniu milhares de servidores das três esferas — federal, estadual e municipal — para denunciar os impactos da Reforma Administrativa (PEC) e reafirmar a defesa dos direitos do funcionalismo e dos serviços públicos essenciais.
O movimento ocorreu em frente ao Museu Nacional, com forte mobilização popular, em resposta à tentativa do Congresso Nacional de acelerar a tramitação da proposta, após alcançar as 171 assinaturas necessárias para o início do processo legislativo.
A presidenta da FETEMS, professora Deumeires Morais, destacou o papel decisivo da categoria na resistência ao projeto e na defesa da educação pública de qualidade:
“A FETEMS sempre estará presente para reafirmar que não aceitaremos ataques aos direitos do funcionalismo e aos serviços públicos que chegam ao povo brasileiro. A estabilidade não é privilégio — é garantia de que a escola pública exista para todos, sem perseguição política, sem sucateamento e sem venda do nosso futuro.”
Ela afirmou ainda que a mobilização seguirá nos municípios:
“Nossa delegação volta a Mato Grosso do Sul ainda mais organizada e mobilizada para dialogar com a sociedade, com cada escola, com cada trabalhador e trabalhadora. O serviço público precisa ser valorizado, não desmontado.”
O secretário-geral da FETEMS, Paulo César Lima, reforçou que a marcha é uma demonstração de força e vigilância da classe trabalhadora diante das ameaças à carreira pública:
“Viemos a Brasília lembrar aos deputados e senadores que o servidor público está atento aos debates e não aceitará a retirada de nenhum direito.”
A professora aposentada Olinda Conceição da Silva classificou a proposta como um ataque direto ao serviço público:
“Essa reforma é o tiro de misericórdia na cabeça dos servidores. Querem arrancar direitos, precarizar o trabalho e terceirizar tudo aquilo que defendemos com a luta.”
Já o professor Cícero Henrique, da Aldeia Tereré, em Sidrolândia, reforçou o engajamento de Mato Grosso do Sul na mobilização:
“Nenhum direito a menos! Vamos nos organizar e lutar quantas vezes forem necessárias.”
O professor Bruno Leite, representante da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), também criticou duramente a proposta, classificando-a como “um ataque direto às professoras e professores”.
A presença expressiva da delegação sul-mato-grossense, somada à mobilização nacional de servidores públicos, sindicatos, movimentos sociais e frentes populares, demonstrou que a resistência segue viva e que o país não aceitará retrocessos nos direitos trabalhistas e educacionais.
A FETEMS reafirmou seu compromisso com a educação pública gratuita, laica e de qualidade, e com a defesa de um Estado que valorize o servidor e proteja o cidadão.
“Se mexerem nos nossos direitos, o Brasil vai parar! Nenhum passo atrás — é resistência, é organização e é luta até a vitória. Aqui tem educação pública, aqui tem servidor que luta, aqui tem FETEMS forte!”, concluiu a entidade em nota oficial.
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