Política / Partidos
Cúpula do PP e PL em MS ainda não define segundo nome ao Senado; Reunião entre Riedel, Tereza Cristina e Azambuja sela estratégia para 2026
Dr. Luiz Ovando, Gerson Claro e Capitão Contar despontam como os principais cotados para compor a chapa da direita ao lado de Reinaldo Azambuja
06/10/2025
08:15
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
A definição do segundo nome ao Senado Federal pela aliança entre Progressistas (PP) e Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul segue indefinida. Em reunião realizada no domingo (5), na residência do governador Eduardo Riedel, com a presença da senadora Tereza Cristina (PP) e do ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), as lideranças decidiram manter a cautela e aguardar o resultado das pesquisas qualitativas e quantitativas que serão encomendadas nos próximos meses.
O encontro ocorreu um dia após o PP reunir lideranças no Hotel Deville, em Campo Grande, durante o evento “O Papel de Mato Grosso do Sul no Brasil e do Brasil no Mundo”, onde o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), reafirmou sua disposição em disputar o Senado em 2026.
De acordo com interlocutores ouvidos pelo Correio do Estado, os nomes mais cotados para compor a chapa da direita ao lado de Reinaldo Azambuja são:
Dr. Luiz Ovando (PP) – deputado federal, médico e aliado histórico do bolsonarismo;
Gerson Claro (PP) – presidente da Assembleia Legislativa e articulador político com forte base municipalista;
Capitão Contar (PRTB) – ex-deputado estadual, reconhecido pelo alinhamento com a “direita raiz” e apoio declarado a Jair Bolsonaro.
Para integrar a aliança, Capitão Contar precisará migrar para o PL ou PP, condição considerada obrigatória para formar a coligação.
“A decisão será técnica e estratégica. O segundo nome ao Senado será aquele que apresentar melhor desempenho nas pesquisas e maior potencial de crescimento eleitoral”, afirmou uma fonte próxima ao grupo.
Segundo apuração do Correio do Estado, Eduardo Riedel, Tereza Cristina e Azambuja fecharam um pacto para evitar disputas internas que fragilizem o bloco.
O acordo prevê que o mesmo arco partidário que apoiará a reeleição de Riedel ao governo também trabalhará pela eleição de dois senadores da direita em Mato Grosso do Sul.
O grupo reconhece que enfrentará uma adversária de peso: a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), que deve concorrer com o apoio do presidente Lula (PT) e da base governista. Por isso, a ordem entre PP e PL é de união total, fortalecendo o discurso conservador e o alinhamento com o projeto nacional do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não haverá imposição de nomes nem divisões internas. A prioridade é a vitória da direita, com uma chapa competitiva e unificada”, reforçou um integrante do PP.
As legendas planejam realizar pesquisas qualitativas e quantitativas em todas as regiões do Estado até o primeiro trimestre de 2026.
O objetivo é identificar o nome com maior viabilidade eleitoral e menor rejeição, capaz de enfrentar a candidatura de Tebet e o apoio do PT.
A base aliada do governo estadual aposta na força política de 79 prefeitos e mais de 700 vereadores que compõem o arco de alianças entre PP, PL, PSDB e MDB.
“Com o apoio das lideranças municipais, será possível eleger dois senadores e garantir a continuidade do projeto político da direita em Mato Grosso do Sul”, avaliou um assessor de Riedel.
Durante o evento do PP, Gerson Claro destacou seu preparo técnico e político, ressaltando o apoio de 20 deputados estaduais e mais de 18 prefeitos.
“Tenho experiência com o municipalismo e acredito estar pronto para representar o Estado no Senado”, afirmou.
Já Capitão Contar, embora fora dos quadros do PL, sinalizou disposição para integrar a aliança bolsonarista.
“Se for para unir a direita e impedir um quarto mandato do Lula, estou pronto para somar”, disse o ex-deputado, que reforçou sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao projeto de conquistar maioria no Senado.
O Dr. Luiz Ovando, por sua vez, surge como um nome técnico, com discurso alinhado à pauta conservadora e experiência legislativa que pode equilibrar o perfil da chapa.
O grupo político liderado por Riedel, Tereza Cristina e Azambuja aposta em uma chapa unificada da direita como forma de garantir espaço no Senado e consolidar a base de apoio nacional de Bolsonaro.
Enquanto isso, a pré-candidatura de Simone Tebet desponta como o principal desafio da aliança, representando o campo centro-esquerda com o respaldo direto do governo federal.
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