Política / Partidos
Caravina quer assumir comando do PSDB para evitar extinção da sigla em Mato Grosso do Sul
Deputado defende reorganização do partido e alerta: “Se abandonar o PSDB, estaremos jogando fora 100 mil votos em 2026”
05/10/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) declarou que pretende assumir a presidência do PSDB em Mato Grosso do Sul para tentar reorganizar a legenda e evitar que o partido desapareça do cenário político estadual. A direção provisória está nas mãos do deputado federal Geraldo Resende, cujo mandato à frente da sigla se encerra em 21 de outubro, quando o diretório nacional deverá nomear novos presidentes regionais.
O parlamentar reconhece que o partido enfrenta uma crise de representatividade, especialmente após a saída do governador Eduardo Riedel, que migrou para o PP um dia depois da visita do presidente nacional tucano, Marconi Perillo, a Campo Grande.
Atualmente, o PSDB ainda conta com a maior bancada da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) — formada por Lia Nogueira, Pedro Caravina, Jamilson Name, Paulo Corrêa, Zé Teixeira e Mara Caseiro.
Entretanto, uma debandada de filiações é prevista para março de 2026, e apenas Lia e Caravina devem permanecer no partido.
“Se for algo que dê para a gente tocar, eu tenho interesse. Agora, se a gente sentir que o partido também não tem interesse, que o Estado tenha uma musculatura, vou ficar fazendo o quê no partido?”, questionou Caravina.
Caravina avalia que o PSDB ainda tem capital eleitoral e estrutura que justificam sua sobrevivência. Segundo ele, a legenda mantém pré-candidatos competitivos e pode somar cerca de 100 mil votos nas próximas eleições, caso consiga se reorganizar.
“O partido tem quatro vereadores que querem ser candidatos a estadual e federal. O PSDB é o único partido que tem essa capacidade. Se abandonar o PSDB, estará jogando fora uns 100 mil votos em 2026”, afirmou o deputado.
Ele ressaltou ainda que, enquanto partidos como o PSD precisariam começar “do zero” na formação de chapas, o PSDB ainda possui lideranças regionais e estrutura política consolidada.
Apesar da defesa pública da sigla, Caravina não descarta uma nova filiação partidária caso o PSDB não seja “reanimado” a tempo das eleições.
Entre as possibilidades, o deputado citou o PP, legenda do governador Eduardo Riedel, com quem mantém proximidade política.
“Pode ser PP, talvez. O MDB tem um posicionamento meio antagônico no nível nacional. Eu não apoio o PT. O PP é o partido do nosso governador, com quem eu tenho ligação, então pode ser. Mas eu gostaria muito que o PSDB tivesse chapa. Acho que é um partido muito grande para se acabar”, reforçou.
O futuro do PSDB em Mato Grosso do Sul deve ser definido nas próximas semanas, com a decisão da direção nacional sobre quem comandará o partido no Estado.
Enquanto isso, Pedro Caravina se coloca como principal nome para conduzir uma tentativa de reconstrução, apostando na reestruturação interna e na formação de chapas competitivas para 2026.
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