Campo Grande (MS), Domingo, 28 de Setembro de 2025

Educação

Professores da Reme protestam contra edital que reduz direitos e deliberam em assembleia nesta segunda-feira

Categoria critica retirada de adicional por pós-graduação, mudanças em carga horária e novas regras trabalhistas; prefeitura defende legalidade do processo

28/09/2025

08:45

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

Professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) realizaram no sábado (27) uma mobilização em Campo Grande contra o edital do processo seletivo para contratos temporários, publicado no Diogrande na última quinta-feira (25). Segundo os educadores, as mudanças representam precarização das condições de trabalho e redução de direitos da categoria.

Pontos de contestação

O edital prevê alterações que geraram insatisfação entre os profissionais:

  • Redução da carga horária máxima para 20 horas semanais;

  • Retirada do adicional por pós-graduação;

  • Novas regras para afastamentos médicos;

  • Aumento da carga mínima de cursos de capacitação, de 40 para 100 horas, para validação na pontuação.

O professor Luan Holsbach criticou a falta de valorização:

“O professor que estuda, que faz pós-graduação, não terá reconhecimento. Isso é precarização do trabalho.”

Já a professora concursada Isabela Barbosa Rodrigues destacou que os efeitos vão além dos temporários:

“Isso afeta a sala de aula, a estrutura da escola e, principalmente, os alunos que também são prejudicados.”

Organização do protesto e apoio político

A mobilização ocorreu de forma espontânea entre os docentes, organizada por meio de grupos de WhatsApp. A vereadora Luiza Ribeiro (PT) participou do ato e reforçou:

“Não existe educação sem professores. Precarizar a relação de trabalho dos docentes é precarizar a educação, e nós não podemos permitir.”

ACP cobra mudanças

O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Gilvano Bronzoni, afirmou que já foi protocolado um pedido de alterações no edital:

“Na quarta-feira, protocolamos ofício na prefeitura, no qual pedimos alteração em oito pontos.”

Posição da prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que não há diferença no salário base entre efetivos e temporários, ambos enquadrados no nível PH2A. A pasta ressaltou que professores concursados recebem progressões previstas em lei, enquanto temporários são contratados em caráter excepcional para atender os mais de 115 mil alunos da rede.

Próximos passos

A categoria realizará uma assembleia nesta segunda-feira (29), quando deve deliberar sobre novas mobilizações e estratégias de pressão para revisão do edital.


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